Ethereum é um dos principais projetos do mercado cripto (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 14 de dezembro de 2023 às 11h54.
Última atualização em 2 de janeiro de 2024 às 16h30.
O JPMorgan, maior banco do mundo, afirmou na última quarta-feira, 13, que o ether deverá ter uma valorização maior que a do bitcoin em 2024. Além disso, a instituição disse que segue "cautelosa" em relação ao comportamento do mercado cripto no próximo ano.
Em relação ao ether, os analistas do banco explicaram que a Ethereum deverá passar por uma nova atualização no próximo ano que deverá tornar o blockchain mais escalável, abrindo margem para um aumento de projetos, casos de uso e usuários que tendem a impulsionar sua criptomoeda nativa.
A atualização - EIP-4844 - utiliza uma lógica conhecida como "sharding", em que a rede é dividia em vários fragmentos para aumentar a velocidade das transações e aumentar o espaço de armazenamento de dados, permitindo uma maior escalabilidade para diferentes projetos.
Já sobre o bitcoin, o JPMorgan divergiu de diversos especialistas e afirmou que uma aprovação pela SEC dos atuais pedidos de gestoras para lançarem fundos negociados em bolsa (ETFs) de preço à vista da criptomoeda não resultaria em "ganhos significativos" para o ativo.
É quase consenso no mercado que a SEC deverá liberar esses ETFs ainda no primeiro trimestre de 2024. Entretanto, os analistas consideram que "existe uma chance alta de que ocorra um efeito de 'compre no rumor, venda no fato' ocorra depois que a aprovação for concedida".
O fenômeno, que não é exclusivo do mercado de criptomoedas, envolve uma onda de valorização de um ativo em meio à especulação de que um possível evento irá ocorrer, precificando-o. Mas, depois que o evento se concretiza, há um movimento de venda, prejudicando o ativo.
"O otimismo excessivo dos investidores no mercado cripto decorrente de uma aprovação iminente de ETFs de bitcoin à vista pela SEC acabou levando o bitcoin para os níveis de sobrecompra vistos durante 2021", destacaram os analistas, indicando um cenário de possíveis vendas.
Além disso, o JPMorgan considera que o "halving", evento em que há uma redução na quantidade de bitcoins inseridos no mercado, previsto para 2024 já está "quase que inteiramente precificado", ou seja, ele não deverá resultar em grandes valorizações no próximo ano. A perspectiva também diverge da de diferentes especialistas.
Como ponto positivo, os analistas destacaram que o quarto trimestre de 2023 trouxe uma "revigorada" no capital de risco que pode beneficiar o mercado de criptomoedas. No momento, porém, essa retomada ainda parece "bastante hesitante".
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