SEC aprovou ETFs de bitcoin e ether neste ano (Mike Kemp/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 28 de maio de 2024 às 15h31.
A aprovação de ETFs de ether na última quinta-feira, 23, animou o mercado e deu força à possibilidade de outras criptomoedas ganharem fundos negociados em bolsa nos Estados Unidos. Entretanto, o banco JPMorgan acredita que esse não é o cenário mais provável no momento.
O estrategista global do JPMorgan, Nikolaos Panigirtzoglou, afirmou em entrevista ao site The Block que, no momento, o banco "duvida" das chances da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, aprovar outros ETFs de cripto, mesmo com as aprovações de fundos de bitcoin e ether.
Na visão do analista, o principal empecilho para a aprovação de novos ETFs é o fato da SEC classificar a maior parte das criptomoedas do mercado como valores mobiliários, o que impossibilitaria a criação de ETFs específicos desses ativos. O bitcoin, por exemplo, é classificado pela SEC como commodity.
Já a classificação do ether está em aberto, mas a aprovação dos seus ETFs indica que a SEC mudou de opinião e agora classifica o ativo como commodity. Já outras criptos, como a sol - moeda digital da Solana -, seguem sendo classificadas pelo regulador como valores mobiliários.
"Nós duvidamos [da aprovação de outros ETFs]. A decisão da SEC de aprovar 0s ETFs de ether já foi forçada dada a ambiguidade sobre se o ether deve ser classificado como valor mobiliário ou não", comentou Panigirtzoglou.
Nesse sentido, o analista comentou que o JPMorgan não acredita "que a SEC iria ainda mais longe ao aprovar ETFs de Solana ou de outros tokens, dado que a SEC tem uma opinião mais forte de que os tokens que não são o bitcoin ou o ether devem ser classificados como valores mobiliários".
O analista pontuou, porém, que esse cenário pode mudar caso o Congresso dos Estados Unidos aprove uma nova regulação apra o mercado cripto que mude a classificação das criptomoedas para commodities, dificultando a postura da SEC de rejeitar pedidos de ETFs desses ativos. No momento, porém, esse ainda não parece ser o cenário mais provável.