JPMorgan diz que bitcoin não deve superar ouro como ativo de proteção
Banco avalia que ETFs de bitcoin deverão ganhar cada vez mais espaço e valer US$ 62 bilhões em três anos
Redação Exame
Publicado em 11 de março de 2024 às 09h30.
Última atualização em 11 de março de 2024 às 09h48.
O banco JPMorgan reconheceu na última sexta-feira, 8, o potencial de crescimento do bitcoin apoiado na atração de investidores institucionais. Mesmo assim, analistas do banco não acreditam que a criptomoeda será capaz de chegar ao mesmo valor de mercado do ouro .
Em relatório, os analistas afirmam que, caso a tese de que o bitcoin é o "ouro digital" estivesse correta, o ativo ganharia uma alocação no portfólio de investidores que faria sua capitalização de mercado saltar para US$ 3,3 trilhões, ante o US$ 1,3 trilhão atual, com uma forte valorização.
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Entretanto, o JPMorgan não acredita que esse é o cenário mais provável, com o ouro ainda sendo um ativo mais vantajoso que a maior criptomoeda do mundo, em especial considerando sua volatilidade menor.
"A maioria dos investidores leva em consideração o risco e a volatilidade quando alocam entre classes de ativos e, dada a volatilidade do bitcoin ser cerca de 3,7 vezes a volatilidade do ouro, seria irrealista esperar que o bitcoin se equiparasse ao ouro nas carteiras dos investidores em valores nocionais", afirma o relatório.
Os analistas opinam ainda que, se a alocação de investimentos na criptomoeda levasse em conta a mesma lógica de aplicação do ouro, o valor do ativo cairia para US$ 45 mil, com uma capitalização de US$ 900 bilhões, devido à sua volatilidade, que aumenta o risco de investimento.
Nesse sentido, considerando o ajuste de volatilidade na alocação de investimento, o bitcoin já teria inclusive superado a alocação equivalente ao ouro nos portfólios. Isso não significa, porém, que a criptomoeda ainda não deva valorizar ou ganhar espaço nos próximos anos.
A expectativa dos analistas do JPMorgan é que, entre dois a três anos, o mercado de ETFs da criptomoeda cresça para um valor de US$ 62 bilhões (R$ 310 bilhões, na cotação atual), indicando que ainda há um espaço para valorização no preço do ativo.
"Esta é uma meta realista do tamanho potencial dos ETFs de bitcoin à vista ao longo do tempo, talvez dentro de um período de dois a três anos, embora grande parte do fluxo líquido implícito possa representar uma mudança contínua de rotação dos instrumentos e locais [ de investimento ] existentes para os ETFs", dizem os analistas.
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