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Inteligência artificial vai impulsionar adoção de criptomoedas, diz Bob Burnquist

Campeão do skate já utiliza criptomoedas e NFTs em premiações de eventos esportivos e esteve na organização do NFT Brasil, evento focado na nova fase da internet em São Paulo

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de junho de 2023 às 09h30.

A inteligência artificial e as criptomoedas podem desempenhar um papel importante na digitalização financeira. Com o avanço das novas tecnologias, especialistas esperam que a internet entre em uma nova fase conhecida como Web3. Entre os dias 2 e 4 de junho o evento NFT Brasil, sob a reuniu grandes nomes do setor para debater o assunto e Bob Burnquist, um dos maiores skatistas do mundo, esteve na organização.

O 30 vezes campeão mundial do skate já utiliza criptomoedas, inteligência artificial e NFTs para conectar o mundo do esporte ao mundo digital e aproveitou a ocasião para lançar sua coleção de NFTs em parceria com a Reserva, a Burnkit.

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“Vi que a Web3 era muito uma questão de comunidade, e no skate também temos eventos e comunidades. Por isso vi que era uma forma de conectar a comunidade. A minha vida inteira eu captei conteúdo, e melhor que eu fazer uma publicação em uma rede social, que eu acabo entregando o meu ouro para eles fazerem a gestão do patrocínio e recurso, na Web3 eu poderia ter uma conexão direta com meu conteúdo e fãs”, explicou Bob em entrevista exclusiva à EXAME.

No mundo do skate, Bob já realizou premiações com NFTs e criptomoedas e enxerga que o skatista poderá aproveitar mais da liberdade na Web3 para monetizar seu próprio conteúdo.

“O skatista é um criador de conteúdo por natureza. Usamos muitos vídeos para progredir tecnicamente, fazemos vídeos de manobras, etc. É muito melhor você mintar um conteúdo do que você publicar um conteúdo, porque você tem muito mais oportunidade de fazer dinheiro e fica ali conectado àquele conteúdo, não é nenhuma empresa ali que é dona e sim você que é o dono. Vejo que o skatista vai ser mais fácil de aderir a plataformas como essa”, disse. O termo “mintar” utilizado por Burnquist faz referência ao processo de registro de uma transação no blockchain, que pode servir para a emissão de ativos e outras interações.

Inteligência artificial na adoção de criptomoedas

Apesar das recentes melhorias na usabilidade, as criptomoedas ainda apresentam um desafio de adoção para o público geral, que ainda não conhece a tecnologia e como funciona, por exemplo, a autocustódia de seus ativos.

Segundo Bob, nas premiações com criptomoedas e NFTs é possível perceber que a maioria dos ganhadores não interagia com a tecnologia antes e precisa criar a sua própria carteira para receber o prêmio.

“Quando eles começam a entender o que é, eles começam a ver sentido em usar porque é algo que vai trazer valor pra eles”, comentou.

“Acho que existe uma desinformação, de repente da cultura do medo em achar que é muito difícil abrir uma carteira cripto mas na verdade não é, é mais fácil que abrir uma conta em um banco. O lance é a responsabilidade do seu dinheiro estar contigo, se você perde as chaves perde o dinheiro. E tem gente que não está preparada para ter essa responsabilidade e acaba caindo em fraudes”, explicou o skatista à EXAME.

Por conta disso a inteligência artificial pode ser uma importante aliada para impulsionar a adoção das criptomoedas em nível mundial. Programas como o ChatGPT e AutoGPT ficaram famosos por reproduzir tarefas simples e especialistas apontam que eles podem até mesmo substituit o Google no futuro.

“Com a inteligência artificial entrando, vai tirar a fricção. A adesão em massa vai vir quando você não tiver que fazer tudo isso, você só pega e fala ‘compra bitcoin para mim’ e vai acontecer sem fricção. A inteligência artificial vai fazer isso, e aí você vai ter que aprender a lidar com inteligência artificial, que também não é difícil da mesma maneira que você entra no Google”, disse Burnquist.

A Secretaria de Cultura do Município de São Paulo também esteve presente no NFT Brasil, que aconteceu no Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Além da participação do secretário em painéis, a prefeitura contou com um estande no evento para auxiliar empresas e startups da Web3 que têm interesse em vir para a cidade.

“Estamos fazendo esse evento justamente para trazer as oportunidades para o Brasil”, disse Burnquist em entrevista à EXAME.

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