Bitcoin valorizou mais de 80% em 2023 (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 13 de julho de 2023 às 18h38.
Última atualização em 13 de julho de 2023 às 18h50.
A corretora de criptomoedas Binance divulgou um relatório nesta semana com um balanço do desempenho do mercado cripto em junho. Para os analistas da empresa, a boa performance dos ativos no último mês está diretamente ligada ao fortalecimento da narrativa em torno da entrada de instituições financeiras tradicionais no mercado.
No estudo, a Binance destaca que "diversas instituições financeiras tradicionais e notáveis" submeterem pedidos junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, para lançarem fundos negociados em bolsa (ETF) de preço à vista do bitcoin. O maior destaque é da BlackRock, a maior gestora do mundo.
De acordo com a corretora, a dominância de mercado do bitcoin aumentou em junho: agora, o valor total de mercado do ativo equivale a 58% do total do setor, no maior nível desde abril de 2021. A Binance atribui esse movimento a "novidades regulatórias nos Estados Unidos", em especial os pedidos de ETFs.
Os dados reunidos pela empresa mostram que o desempenho das criptomoedas em junho foi o melhor desde 2019, com um ganho de capitalização de mercado de 3,3%. A maior alta mensal foi do bitcoin, de 12%, seguido pelo ether, 3,2%. Já as criptos restantes acumularam perdas.
Na visão da Binance, a diferença de desempenho ocorreu porque as duas criptomoedas não foram classificadas pela SEC como valores mobiliários, enquanto diversos outros ativos do mercado entraram na classificação, afetando seus preços. Na divisão por blockchain, a Ethereum segue na liderança.
Já o volume de negociação de tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) se estabilizou no menor patamar do ano, mantendo em junho os US$ 700 milhões em vendas observados em abril e maio. Entre os destaques negativos está a coleção Bored Ape Yacht Club, que chegou a atingir seu menor valor desde 2021.
No segmento de stablecoins, o tether (USDT) continua na liderança, com uma fatia de mercado de 65%, indicando que a criptomoeda pareada ao dólar não perdeu o espaço conquistado após a crise envolvendo a USDC. A própria USDC continua na segunda posição, mas com uma fatia que recuou de 30,7% em janeiro para 21,6% em junho. A maior perda foi da BUSD, que deixou de ser emitida e caiu de 11,5% para 3,2% de participação.
Para o mês de julho, a Binance acredita que será importante ficar de olho nas liberações de tokens dos projetos Aptos, ApeCoin e Optimism. A ApeCoin deverá ter a maior liberação, destravando 1,56% de sua oferta total no dia 17 de julho. Tradicionalmente, esses eventos causam volatilidade nos preços, o que demanda cuidado na negociação.
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