Gafisa aposta nas criptos e passa a aceitar bitcoin na venda de imóveis
Em parceria com corretora cripto, a construtora vai receber bitcoin por unidades residenciais de seus empreendimentos e afirma enxergar potencial na tecnologia
Mariana Maria Silva
Publicado em 24 de maio de 2022 às 11h54.
Última atualização em 25 de maio de 2022 às 09h43.
A Gafisa é a mais nova empresa a aceitar pagamentos com criptomoedas. A construtora anunciou na última segunda-feira, 23, que já está aceitando moedas como o bitcoin em troca de algumas de suas unidades residenciais.
De acordo com um comunicado, a Gafisa estuda a possibilidade desde fevereiro de 2021, e agora está finalmente a colocando em prática por meio de uma parceria com a corretora cripto Foxbit, que auxiliará no recebimento das criptomoedas.
“O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado e, tecnologicamente, a moeda com maior lastro da história. É uma moeda que está crescendo em popularidade a cada dia, ampliando também as possibilidades de sua utilização”, contou Guilherme Benevides, CEO da Gafisa, para justificar a escolha da construtora.
De acordo com Guilherme, a digitalização dos pagamentos é um movimento cada vez mais forte, e a Gafisa não poderia ficar de fora. “Existe uma tendência natural de digitalização dos pagamentos. Se pararmos para pensar que o Banco Central vai lançar o real digital em 2022, podemos concluir que, de fato, as moedas digitais estão cada vez mais presentes no mundo”, acrescentou o CEO.
Por enquanto, o pagamento com criptomoedas está disponível apenas para as unidades residenciais do empreendimento “Flow by Gafisa”. Localizado na Rua Nestor Pestana, no bairro da Consolação em São Paulo, o projeto tem como alvo um público “superantenado, ligado às tendências de mercado, inovações e iniciativas disruptivas”, de acordo com a construtora.
São 437 unidades residenciais, entre elas apartamentos studios, de dois dormitórios e duplex, com metragens variando de 21m2a 61m2. O “Flow by Gafisa” ainda contará com uma série de ambientes diferenciados, como um minimercado, estacionamento de bicicletas, espaço de coworking, praça externa, spa, sala de massagem e lavanderia coletiva, além de uma sala para o recebimento de entregas de comida.
De acordo com a construtora, a escolha da localização foi estratégica, para abraçar “toda a sofisticação do Jardins, a tradição de Higienópolis e o chamado ‘Baixo Augusta’”.
Assim que o cliente sinalizar que gostaria de pagar pelo imóvel com bitcoin, um formulário de intenção precisa ser preenchido para a análise da Gafisa. Após o aceite, e a assinatura do Termo de Dação para Pagamento, o comprador transfere o valor para a conta da Gafisa na Foxbit, que será responsável pelo repasse à construtora.
A cotação válida é a do dia do recebimento e todo o processo passará por um estudo de viabilidade de crédito e da origem dos recursos.
De acordo com o comunicado, a Gafisa entende que a compra de imóveis com criptomoedas pode ser um primeiro passo para outras inovações disruptivas do setor. A iniciativa abriria portas para uma movimentação ainda maior no mercado, já que o pagamento em cripto promove muita segurança, rastreabilidade, agilidade de processos e baixos custos.
A Foxbit, uma das maiores corretoras brasileiras de criptomoedas, também demonstrou otimismo com a parceria: "Estamos muito felizes em poder cada vez mais contribuir para que as criptomoedas sejam aceitas em todos os segmentos”, afirmou Rodrigo Ikegaya, diretor de produtos na Foxbit.
“A Gafisa é uma das empresas líderes no segmento imobiliário, pioneira em construção civil no Brasil e que passa a aceitar criptomoedas como forma de pagamento em todos os seus empreendimentos com a nossa solução Foxbit Pay. É um orgulho dizer que, cada vez mais, empresas renomadas como a Gafisa, estão ingressando nesse mercado”, acrescentou.
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