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ETFs de bitcoin podem chegar ao triplo do valor dos ETFs de ouro, diz Bloomberg

Nova projeção indica que grupos de fundos de investimento em bitcoin deverá crescer ainda mais nos próximos anos, após estreia em 2024

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 17h02.

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Os ETFs de bitcoin têm o potencial para valer três vezes mais que os ETFs de ouro nos próximos anos, de acordo com uma nova projeção divulgada pela Bloomberg na última terça-feira, 17. Lançados em 2024, os fundos da criptomoeda têm chamado a atenção pelo rápido crescimento, ganhando destaque nas bolsas dos EUA.

No momento, os ETFs de ouro disponíveis no mercado à vista dos Estados Unidos somam cerca de US$ 128 bilhões em ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês). Já os ETFs de bitcoin estão se aproximando da casa dos US$ 120 bilhões em AUM, que pode ser superada nos próximos dias.

Além disso, um levantamento recente feito pela empresa K33 Research aponta que, somando os fundos de investimento de bitcoin no mercado à vista e no de futuros, a categoria já superou os ETFs de ouro à vista, chegando à casa dos US$ 129 bilhões pela primeira vez.

Segundo a Bloomberg, esse grupo de fundos teria potencial para triplicar de valor no longo prazo. Além disso, os analistas Eric Balchinas e James Seyffart projetam uma "explosão" de ETFs de cripto ao longo de 2025, com a classe podendo superar os ETFs de metais preciosos.

Em uma publicação no X, antigo Twitter, Balchunas destacou ainda que o fato dos ETFs de bitcoin à vista já estarem próximos de superar os de ouro é "surreal" considerando que esse grupo de 11 fundos foi lançado no mercado norte-americano há menos de um ano.

Outro elemento que corrobora a tendência de superação é o fato do ETF de bitcoin da BlackRock já ter superado o ETF de ouro da gestora no início de novembro. À época, o fundo da criptomoeda chegou à casa dos US$ 33 bilhões em ativos sob gestão, contra US$ 32 bilhões no fundo de ouro.

O rápido avanço do ETF de bitcoin à vista no mercado americano sinaliza uma grande demanda institucional pelo ativo digital, que agora possui a chancela da maior gestora de ativos do mundo. A BlackRock possui cerca de US$ 10,5 trilhões em ativos sob gestão e Larry Fink, o CEO da empresa, afirma que o bitcoin é um “ouro digital”.

A tese indica que a criptomoeda poderia ser um investimento alternativa ao ouro como uma reserva de valor. E os fluxos de investimento e a tendência de superação dos ETFs do metal precioso têm corroborado essa narrativa.

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