Future of Money

ETFs de bitcoin à vista devem atrair R$ 70 bilhões em investimentos em um ano

Pedidos para lançamento de fundos negociados em bolsa focados na criptomoeda estão em análise pelos reguladores dos EUA

SEC está analisando pedidos para lançamentos de ETFs de bitcoin nos EUA (Reprodução/Reprodução)

SEC está analisando pedidos para lançamentos de ETFs de bitcoin nos EUA (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 15h31.

O lançamento de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) de preço à vista do bitcoin deverão atrair US$ 14,4 bilhões (R$ 72,2 bilhões, na cotação atual) em investimentos apenas no primeiro ano de funcionamento. É o que estima a empresa Galaxy Digital em um relatório publicado na última terça-feira, 24.

Na visão da companhia, o lançamento de um ETF daria origem a um veículo de investimento melhor para muitos integrantes do mercado do que os produtos atualmente oferecidos, incluindo contratos futuros de preços e trusts já disponíveis no mercado.

Atualmente, essas opções de investimento no bitcoin somam US$ 21 bilhões em capital aportado. Além de fazer a projeção de US$ 14,4 bilhões aportados no primeiro ano, o relatório indica que os ETFs da criptomoeda deverão arrecadar ainda US$ 27 bilhões no segundo ano e US$ 39 bilhões no terceiro.

"A indústria de gestão de patrimônio dos Estados Unidos provavelmente será o mercado mais endereçável e direto que teria a maior acessibilidade líquida a partir de um ETF de bitcoin aprovado", destaca a Galaxy Digital. Atualmente, essa indústria possui mais de US$ 48,3 trilhões em capital.

O relatório afirma ainda que os ETFs de preço à vista do bitcoin permitirão que os investidores obtenham a exposição à criptomoeda a partir de um conjunto de "parceiros altamente regulados", em especial fundos tradicionais e bancos que possuem um "histórico de fortes proteções a consumidores e ofertas de investimento".

  • O JEITO FÁCIL E SEGURO DE INVESTIR EM CRYPTO. Na Mynt você negocia em poucos cliques e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Compre as maiores cryptos do mundo em minutos direto pelo app. Clique aqui para abrir sua conta gratuita.

Bitcoin pode subir até 74% com ETF

Além disso, a Galaxy Digital lembra que a demanda por esses veículos de investimento já dá sinais de ser intensa. Uma prova é que o preço da criptomoeda disparou mais de 10% em poucas horas na última segunda-feira, 23, com o mercado reagindo positivamente a notícias sobre o ETF.

Ao mesmo tempo, um rumor na semana passada de uma possível aprovação do ETF da BlackRock fez com que o bitcoin saltasse quase 10%, antes de devolver boa parte dos ganhos depois que a informação foi refutada pela própria gestora trilionária.

Pela projeção do relatório, uma aprovação dos ETFs por parte da SEC pode fazer com que o bitcoin tenha um salto de preço de até 74% apenas no primeiro ano de negociação desses produtos, considerando impactos de liquidez e preço de investimentos bilionários.

Os ETFs de bitcoin também deverão ter outras vantagens, como taxas menores para os investidores, liquidez maior e menos dificuldade para acompanhar o preço da criptomoeda, elementos que hoje ainda estão em falta nos produtos atualmente disponíveis.

"Embora as taxas ainda não tenham sido listadas pelos requerentes dos ETFs de bitcoin, os ETFs geralmente oferecem taxas mais baixas em comparação com fundos de hedge ou fundos fechados, e o grande número de requerentes provavelmente terá como objetivo manter as taxas baixas para permanecerem competitivos", explica a Galaxy Digital.

yt thumbnail

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasETFs

Mais de Future of Money

Mercado de criptomoedas tem R$ 6 bilhões em liquidações com Fed e entrave no orçamento dos EUA

Powell descarta compras de bitcoin pelo Federal Reserve: "Não temos permissão"

El Salvador vai limitar adoção de bitcoin em acordo com FMI por empréstimo

Cripto é “macrotendência de décadas” que não vai acabar em 6 meses, diz sócio do BTG