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Abstract blockchain technology concept. Internet security. Isometric digital cube connection background. (Getty Images/Reprodução)
Editora do Future of Money
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 12h00.
A fintech norte-americana LiberPay escolheu o Brasil como seu primeiro mercado estratégico para lançar sua infraestrutura de pagamentos baseada em stablecoins atreladas ao dólar. O país foi selecionado por concentrar o maior índice de adoção de criptoativos na América Latina e por apresentar um ambiente favorável à expansão de serviços digitais voltados ao setor financeiro.
“Acreditamos que o futuro dos pagamentos pertence a todos. Por muito tempo, pessoas e empresas dependeram de serviços lentos, caros e centralizados para realizar suas transações financeiras - das menores às maiores. Para devolver o controle aos usuários, desenvolvemos um sistema de pagamentos baseado em blockchain com foco em stablecoins, que permite transações peer-to-peer, emissão de cobranças e pagamentos em ponto de venda para indivíduos e negócios”, disse Tobias Kleitman, cofundador da LiberPay, à EXAME.
“A LiberPay existe porque acreditamos que pagamentos devem ser justos, com controle total, transparentes, de baixo custo e, acima de tudo, acessíveis a todos”, acrescentou.
A empresa opera com um sistema ponto a ponto (P2P) construído no blockchain Polygon. A tecnologia utiliza smart contracts auditados pela CertiK e busca permitir que usuários realizem pagamentos diretos em stablecoins, tanto entre pessoas quanto entre consumidores e empresas, sem necessidade de intermediários. O modelo dá ao usuário a autocustódia dos ativos digitais, já que a LiberPay não acessa nem controla os fundos que circulam entre comprador e vendedor.
O funcionamento do sistema procura simplificar o uso de stablecoins. Atualmente, a plataforma é compatível com USDC e USDT, além do Real. Para transações entre pessoas físicas, é possível enviar e receber stablecoins diretamente a partir de carteiras como MetaMask ou Trust Wallet, conectadas via WalletConnect.
O pagamento pode ser realizado por meio de um QR Code ou link. Nessas operações, não há cobrança de taxa por parte da plataforma e os usuários pagam apenas a “taxa de Gas” do blockchain. Além disso, o recibo de pagamento é registrado em blockchain na forma de token não fungível (NFT).
A plataforma da LiberPay busca oferecer um serviço similar a sucessos do mercado como o PayPal, mas com uma imersão ainda maior na tecnologia blockchain e stablecoins. Enquanto o PayPal já possui iniciativas em blockchain e até mesmo a própria stablecoin, a LiberPay é construída em cima de uma rede blockchain e não mantém os ativos de usuários, oferecendo a possibilidade de autocustódia.
À EXAME, os cofundadores da LiberPay revelaram que a intenção é promover um serviço similar ao PayPal, mas com pilares importantes de transações ponto a ponto (P2P) e autocustódia.
Para comerciantes, a LiberPay licencia um gateway de pagamento descentralizado e exclusivo para cada estabelecimento, permitindo que o lojista receba diretamente em sua carteira, sem etapas de conversão ou intermediação.
A cobrança para contas comerciais ocorre após as primeiras 100 transações e corresponde a 0,3% do valor ou 0,50 USDC, prevalecendo o menor valor. Segundo a empresa, o percentual fica abaixo das taxas médias aplicadas por adquirentes tradicionais, que variam entre 2% e 3%. A plataforma também oferece integração com a plataforma Stripe para pagamentos via cartão de crédito.
A LiberPay foi fundada com investimento próprio e tem entre seus cofundadores Rob Valleau, que anteriormente fundou a JADAK Technologies, vendida em 2015 por US$ 93 milhões.
Com o início das operações no Brasil, a empresa quer testar seu modelo de negócio em um dos mercados mais ativos da região em termos de inovação financeira e uso de criptoativos.
"O Brasil representa um mercado estratégico para a LiberPay, combinando maturidade regulatória e rápida adoção de criptoativos", disse Tobias Kleitman, cofundador da LiberPay.
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