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Drex: quase metade dos brasileiros não está convencida de adotar o real digital, revela pesquisa

Embora acreditem que o dinheiro físico deixará de ser utilizado nos próximos 10 anos, brasileiros têm dúvidas de que uma moeda digital de banco central atrelado ao real seja a melhor opção para substituí-lo

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Cointelegraph
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Publicado em 21 de julho de 2024 às 09h30.

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O fim do dinheiro físico está próximo, mas a adoção do Drex, a moeda digital de banco central (CBDC) atrelada ao real, divide a população brasileira, revela a pesquisa "Da cédula ao Drex: a evolução do real em 30 anos."

Metade dos 2004 entrevistados pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), encomendada pelo Mercado Pago, acredita que o papel moeda deixará de ser utilizado em até 10 anos. No entanto, há dúvidas sobre a forma que a moeda brasileira assumirá no futuro.

A adoção do Drex foi questionada por 46% dos entrevistados, que afirmaram não saber se estariam dispostos a migrar para a versão digital do real em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil (BC). Em contraste, 36,5% acreditam que o Drex trará benefícios à economia brasileira.

Um futuro em que as criptomoedas substituirão o atual sistema monetário parece improvável para 39% dos brasileiros.

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Os dados da pesquisa revelam que há mais dúvidas do que certezas a respeito da transformação digital dos meios de pagamento, conforme declarou Ignacio Estivariz, vice-presidente de Banco Digital do Mercado Pago no Brasil:

"Ainda há dúvidas, as pessoas estão começando a formar uma opinião sobre o que vai acontecer no futuro."

Apesar de haver mais desconfiança do que apoio ao Drex, outros dados levantados na pesquisa revelam que a digitalização dos meios de pagamento promovida por fintechs e pela implementação do Pix, sistema de pagamentos instantâneo desenvolvido pelo BC, contribuiu significativamente para a inclusão financeira de uma grande parcela de desbancarizados.

Ainda assim, atualmente, 34% dos entrevistados não se sentem devidamente incluídos no sistema financeiro. A falta de acesso a cartões de crédito é um indicador de exclusão financeira para 29% da população.

A facilidade de abrir uma conta em um banco digital por meio de dispositivos móveis, com menos burocracia e maior agilidade, além do acesso ao Pix, foram as principais razões mencionadas pelos entrevistados para optar por fintechs em vez de instituições financeiras tradicionais.

Segundo Max Stabile Mendes, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), isso demonstra que "os bancos digitais fizeram uma transformação gigante no sistema financeiro brasileiro nos últimos anos."

Investidores são minoria no Brasil

A pesquisa revelou que a falta de recursos e a educação financeira deficiente levam 63% da população a não ter dinheiro aplicado em investimentos financeiros. Nem mesmo na poupança, que ainda é a modalidade de investimento mais popular no Brasil.

A falta de dinheiro para investir foi a justificativa apresentada por 54% dos entrevistados, enquanto a falta de conhecimento específico inibe um em cada três brasileiros de buscar rentabilidade sobre seus recursos.

A busca por ganhos imediatos no curto prazo é uma característica marcante dos investidores brasileiros identificada pela pesquisa, destacou Estivariz:

“O que o brasileiro está procurando e o que chama a atenção é a disponibilidade imediata. Ganho diário sobre os recursos aparecem como dispositivos mais relevantes para investimentos”, destacou o executivo.

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