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Criptomoeda dispara mais de 40% e lidera ganhos em setembro; confira o ranking

QR Asset aponta que mês de setembro foi mais positivo para o mercado de criptomoedas, com valorização de maioria dos ativos

Criptomoedas tiveram um desempenho positivo em setembro (Reprodução/Reprodução)

Criptomoedas tiveram um desempenho positivo em setembro (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 11h47.

O mercado de criptomoedas encerrou o mês de setembro com um desempenho mais positivo que o observado em julho e agosto, segundo a gestora QR Asset. O levantamento da empresa, que reúne as 40 maiores criptos, aponta que alguns ativos chegaram a ter altas superiores a 20%.

Theodoro Fleury, gestor da QR Asset, aponta que "setembro foi um mês majoritariamente positivo para o mercado cripto, com grande parte das moedas do top 40 subindo no período". É o caso do bitcoin, que valorizou 5,8% em relação ao real, e o ether, que subiu 3,33%.

Dentre as altas, o maior destaque foi da Chainlink, que valorizou 41,8% em setembro. Segundo Fleury, "o serviço de infraestrutura para contratos inteligentes segue colhendo os frutos do lançamento do CCIP, protocolo de comunicação entre diferentes blockchains, em especial à sua integração na Base, um projeto de layer 2 da Coinbase que tem atraído considerável atenção".

"Em geral, o tema da "tokenização" tem ganhado impulso no universo blockchain, com  vários projetos DeFi recebendo uma resposta positiva no último mês. Os protocolos de tokenização de Real World Assets (RWAs) têm sido o grande destaque do mundo cripto nas últimas semanas, com declarações inclusive de grandes bancos sobre esse assunto", destacou.

Foi o caso do CEO da Blackrock, Larry Fink, "que recentemente afirmou publicamente que o futuro dos mercados tradicionais envolve ativos tokenizados. A Chainlink tem um papel chave nessa tokenização, trazendo informação do mundo real para os contratos inteligentes envolvidos nos processos de tokenização".

Em segundo lugar, está a Toncoin, que subiu 22,57% em setembro e também teve a maior alta de agosto. O motivo, segundo Fleury, é o efeito do anúncio de parceria com o Telegram e a criação de uma carteira digital integrada com o aplicativo, o que deve expandir sua base de usuários, beneficiando o ativo.

Fechando o raking, estão ainda as criptomoedas Tron - com alta de 17,53% -, Bitcoin Cash - que valorizou 14,62% - e a INJ, do Injective Protocol, que teve um ganho de 11,51% em setembro.

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Maiores quedas

Segundo Fleury, o mês de setembro acabou sendo negativo para muitos blockchains alternativos à Ethereum, afetando a cotação das suas criptomoedas. Foi o caso da Avalanche - que caiu 5,78% - e da Polkadot, com queda de 2,17% no acumulado do último mês.

"Com o desenvolvimento das redes de layer 2, a Ethereum acaba ganhando mais espaço frente a outros projetos de infraestrutura em blockchain. Nessa narrativa, o ether parece ganhar mais relevância, levantando questões sobre a utilidade futura de outros blockchains neste mercado", explica o gestor.

Também na lista das maiores quedas está a matic, criptomoeda nativa do blockchain Polygon. Apesar da queda de 1,3%, Fleury aponta que "por estar com um plano cada vez mais claro para a migração de uma estrutura de layer 2", o projeto ganhou mais claridade. Entretanto, a citação em um processo da SEC contra a Coinbase e a Binance acabou prejudicando o ativo.

A criptomoeda meme dogecoin também está entre as maiores perdas, mas com queda de 0,96%. Entretanto, a maior desvalorização foi da Shiba Inu, outra criptomoeda, que perdeu 10,98% em setembro. Na visão de Fleury, os desempenhos refletem um momento de correção de mercado, que tende a afetar de forma mais intensa esses ativos, já que eles "ainda não têm uma clara utilidade real".

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