Blockchain criado por Justin Sun superou BNB Chain e Ethereum (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 17 de julho de 2023 às 09h00.
A Nansen divulgou na última semana os dados referentes aos blockchains que lideram o mercado quando o assunto é numero de endereços em cada rede. Mas um fato chamou a atenção do mercado: pela primeira vez em 2023, o BNB Chain foi desbancado da primeira posição. Agora, tanto ele quanto a Ethereum, projetos já famosos no segmento, estão atrás de um rival: o Tron.
Os dados divulgadas pela empresa mostram que, no mês de junho, o Tron contou com 17,1 milhões de endereços ativos, um crescimento de 42% em relação ao mês anterior. Já o BNB Chain registrou 11,9 milhões, uma queda de 4%. Ao mesmo tempo, a Ethereum teve 5,8 milhões, um ganho de 23% que fez com que ela superasse a Solana e atingisse a terceira posição.
Completam, ainda, a lista de blockchains de destaque a Solana, com 5,2 milhões de endereços e uma queda de 45%, e a Polygon, com 4,6 milhões de endereços ativos - perda de 3,5%. Também com mais de 1 milhão de endereços estão a Arbitrum, a Optimism e a Avalanche - com as duas últimas superando a marca no mês passado.
June active addresses by chain:
TRON: 17.1M (+42%)
BNB: 11.9M (-4%)
Ethereum: 5.8M (+23%)
Solana: 5.2M (-45%)
Polygon: 4.6M (-3.5%)
Arbitrum: 2.4M (-14%)
Optimism: 1.2M (+17%)
Avalanche: 1.1M (+21%)
Fantom: 623K (-26%)
Celo: 320K (+53%)
Ronin: 102K (-13%) pic.twitter.com/eavqALuY2H— Nansen 🧭 (@nansen_ai) July 12, 2023
Em termos percentuais, o ganho do Tron ficou atrás apenas da Celo, que cresceu 53% mas tem uma quantidade bem menor de endereços ativos, 320 mil. O bom desempenho do Tron já havia sido notado pela Nansen em maio, quando ele ocupou a segunda posição na lista, atrás do BNB Chain. Entretanto, o mês foi o primeiro em que a empresa passou a contabilizar dados da rede.
Com isso, o resultado de junho não apenas confirma o tamanho do blockchain como também mostra uma tendência de crescimento. Por outro lado, as quedas do BNB Chain, Solana e Polygon ocorreram no mesmo mês em que suas criptomoedas nativas foram classificadas pela SEC como valores mobiliários, o que pode ter prejudicado as redes.
Já o crescimento da Ethereum ocorreu no mesmo mês em que a rede bateu um novo recorde de ethers depositados no blockchain, no chamado staking, ainda colhendo os frutos da bem-sucedida atualização Shanghai, de abril. O ether também não foi classificado como valor mobiliário pelo regulador dos EUA. A Optimism também realizou uma atualização no mês passado, o que ajudou a rede.
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O Tron é um blockchain focado em facilitar o desenvolvimento de projetos como jogos, iniciativas de Web3 e outras aplicações descentralizadas. Como qualquer outra rede, ele opera por meio de um sistema de contratos inteligentes. Seu mecanismo de consenso, usado para validar transações, é o mesmo da Ethereum: a prova de participação, ou proof-of-stake.
Ele lançado ao público como uma rede independente da Ethereum em 2018, operando antes disso como uma camada ligada ao projeto. Atualmente, ele é gerenciado pela TRON Foundation, mas é mais associado ao seu fundador, o magnata cripto Justin Sun.
O principal diferencial do projeto é que ele é dividido em três camadas: uma central, usada para a operação dos contratos inteligentes e gerenciamento de contas, uma de armazenamento de informações e uma de aplicativo, que é a usada por desenvolvedores para criar projetos. Segundo os idealizadores do blockchain, a divisão permite que ele seja mais ágil e eficiente, o que é colocado como um diferencial para atrair projetos e, por sua vez, usuários. Ele conta com uma criptomoeda nativa, o TRX, que é atualmente a 12ª maior em capitalização total.
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