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Com US$ 4,5 trilhões sob gestão, Fidelity entra com pedido para lançar ETF de bitcoin

Gestora já teve uma solicitação do tipo rejeitada nos Estados Unidos, mas refez o pedido após BlackRock entrar com solicitação semelhante

Gigantes do mercado entraram com pedidos para lançar ETFs de bitcoin nos EUA (Reprodução/Reprodução)

Gigantes do mercado entraram com pedidos para lançar ETFs de bitcoin nos EUA (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de junho de 2023 às 11h07.

A Fidelity, uma gestora de patrimônio com mais de US$ 4,5 trilhões (R$ 21 trilhões, na cotação atual) sob gestão entrou com um novo pedido na última quinta-feira, 29, para lançar nos Estados Unidos um fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) que seguirá o preço à vista do bitcoin. Uma solicitação semelhante da empresa foi rejeitada em 2022.

O novo pedido da empresa ocorre duas semanas depois de outra gigante de gestão de patrimônio, a BlackRock, entrar com um pedido semelhante junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). Outras gestoras de fundos, como a Invesco e a WisdomTree, também seguiram o movimento e entraram com solicitações.

De acordo com o pedido da Fidelity, o ETF vai ser respaldado por uma plataforma de negociação à vista de bitcoin baseada nos Estados Unidos, que não foi identificada nos documentos públicos. O objetivo é evitar preocupações da SEC sobre possível manipulação de mercado.

Ao justificar a sua solicitação, a gestora citou perdas significativas de investidores de criptomoedas em diferentes ocasiões devido a problemas de insolvências de custodiantes e corretoras de criptomoedas. Para a Fidelity, o ETF seria uma forma mais segura de investimento.

Até o momento, a SEC não autorizou nenhum ETF de preço à vista do bitcoin. O regulador já permite o funcionamento de ETFs expostos a contratos futuros da criptomoeda, mas investidores acreditam que um fundo à vista atrairia mais investidores e beneficiaria o mercado.

A solicitação da BlackRock foi submetia em 15 de junho. Com US$ 10 trilhões sob gestão, a empresa afirmou que pretende usar a custódia da corretora de criptomoedas Coinbase para o ETF e os dados de mercado à vista fornecidos pela exchange para acompanhar o preço da criptomoeda.

Os fundos negociados em bolsa oferecem uma alternativa regulada e com menos risco para a exposição em criptomoedas, e por isso tendem a atrair investidores mais tradicionais e receosos de ingressar no mercado cripto. No Brasil, eles estrelam entre os mais rentáveis do mercado.

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Alta do bitcoin

A maior criptomoeda do mercado acumula uma valorização de mais de 80% em 2023. A maior parte dessa alta está ligada à mudança de perspectivas sobre o ciclo de alta de juros dos Estados Unidos. No começo do ano, o mercado passou a projetar um ciclo mais suave, com os juros subindo menos, o que beneficiou diferentes classes de ativos.

O bitcoin também foi beneficiado pela falência de bancos regionais nos EUA, que não apenas reforçaram as previsões de um ciclo de juros mais leve no país como deram peso à tese de que a criptomoeda seria uma reserva de valor e alternativa segura para o mercado tradicional.

Já nas últimas semanas, o ativo conseguiu superar um período de lateralização e superou a casa dos US$ 30 mil. O movimento ocorreu devido ao otimismo dos investidores após diversos agentes importantes do mercado - como a BlackRock - anunciarem projetos envolvendo o bitcoin.

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