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CEO do maior conglomerado cripto divulga carta após acusações de fraude

Comunicado de Barry Silbert aos acionistas foi divulgada poucas horas depois de documento divulgado por cofundador do Facebook

Barry Silbert é CEO do maior conglomerado de empresas do setor de criptoativos (Reprodução/Reprodução)

Barry Silbert é CEO do maior conglomerado de empresas do setor de criptoativos (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 17h04.

A comunidade cripto segue acompanhando as novidades do drama envolvendo duas gigantes do mundo de criptoativos. O chefe do Digital Currency Group (DCG), Barry Silbert, divulgou uma carta aos acionistas na última terça-feira, 10, em que refletiu sobre o estado do mercado e o crescente medo, incerteza e dúvida (FUD, na sigla em inglês) em torno da empresa.

O Digital Currency Group é a empresa controladora da empresa de empréstimos com criptoativos Genesis Global Capital e da Grayscale, a principal gestora de criptomoedas do mundo e que possui o maior fundo de investimentos em bitcoin do mercado.

Na carta, Silbert abordou os problemas crescentes em torno do DCG e suas subsidiárias devido ao mercado de criptoativos em baixa e ao contágio da falência da exchange FTX. Ele disse que os maus atores e a implosão das principais empresas de cripto causaram estragos na indústria.

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Ele observou ainda no texto que "a DCG e muitas de nossas empresas de portfólio não estão imunes aos efeitos da atual turbulência" do setor de cripoativos, que tem enfrentado um período de fortes perdas e falta de investimentos ao longo de 2022".

"Estou incrivelmente orgulhoso do papel que o DCG e eu desempenhamos como pioneiros e construtores na última década. Investimos em mais de 200 empresas que desenvolveram e moldaram a indústria, ajudamos a construir o primeiro fundo de bitcoin com cotação pública, o maior gestor de ativos do setor", disse o CEO.

Na segunda metade da carta, Silbert abordou algumas questões sobre o relacionamento do DCG com a FTX, o contrato de empréstimo com a Genesis e muito mais. Ele afirmou que a Genesis tinha um “relacionamento de negociação e empréstimo” com a Three Arrows Capital e investiu US$ 250 mil na rodada de financiamento da Série B da FTX em julho de 2021.

A DCG também emprestou US$ 500 milhões entre janeiro e maio de 2022 a taxas de juros de 10% a 12% e atualmente deve à Genesis US$ 447,5 milhões e 4.550 bitcoins, no valor de US$ 78 milhões, com vencimento em maio de 2023.

No entanto, o que mais intrigou a comunidade de criptoativos foi que Silbert evitou abordar as acusações de Cameron Winklevoss, um dos fundadores da Genesis, que surgiram poucas horas antes de sua carta. Winklevoss, um dos cofundadores do Facebook, escreveu uma carta aberta ao conselho do DCG em 10 de janeiro dizendo que Silbert era “incapaz” de administrar a empresa. Ele também acusou o CEO de fraudar clientes e se esconder atrás de advogados. Segundo ele, a Genesis supostamente deve a Gemini US$ 900 milhões.

Alguns usuários compararam suas táticas com as do cofundador da Terraform Labs, Do Kwon, que atualmente está sendo procurado pela Interpol e é investigado por fraudes, enquanto outros especularam que a carta insinuava que Silbert poderia perder o emprego nas próximas semanas.

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