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CEO do JPMorgan levanta questão sobre possibilidade do bitcoin ser extinto

Jamie Dimon apontou razões para crença de que criador anônimo do bitcoin possa "extinguir" a maior criptomoeda do mundo em valor de mercado

Jamie Dimon: CEO do JPMorgan

Jamie Dimon: CEO do JPMorgan

Cointelegraph
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 14h00.

Apesar da alta de 200% de um homônimo do JUP nesta quarta-feira, 31, os olhos dos investidores de criptomoedas se concentravam no comportamento do bitcoin, precificado na região de US$ 42,6 mil antes do anúncio da taxa de juros do Federal Reserve (Fed).

Fora das questões macroeconômicas, a comunidade de criptomoedas se agitou nos últimos dias com a suspeita de que o CEO do banco JPMorgan, Jamie Dimon, pode estar de olho na ampliação das participações do gigante de Wall Street sobre a criptomoeda, após Dimon disparar contra o benchmark cripto e sua possível extinção.

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O alvoroço sobre o tema começou em grupos do Reddit no último dia 17, quando Dimon, em entrevista veiculada pela CNBC, disparou dizendo que o criador do bitcoin, o pseudônimo Satoshi Nakamoto, poderia “apagar” o bitcoin após a mineração completa do suprimento total da criptmoeda, 21 milhões de bitcoin. O que levantou a questão de ser possível ou não apagar o bitcoin.

“Acho que existe boa chance, quando chegarmos a esses 20 milhões de bitcoins, Satoshi chegar lá, rir histericamente, ficar quieto, e apagar todos os bitcoins”, disse.

O executivo, que entre outros disparos contra as criptomoedas, disse que o bitcoin “não serve pra nada” e ainda serve para servir a usos criminosos, levantou suspeitas na comunidade de que Dimon pode estar “desdenhando para comprar” bitcoin, de olho no próximo halving do bitcoin, em abril, quando as recompensas por novos blocos minerados caem à metade e com previsão de valorização do benchmark devido à escassez. O banco, no entanto, possui iniciativas com blockchain e até mesmo sua própria criptomoeda.

"Pedra de estimação"

"Existem criptomoedas que fazem algo, que podem ter valor. E aí tem uma que não faz nada, eu chamo de 'pedra de estimação'. O bitcoin, ou algo assim. Tem alguns casos de uso, mas todo o resto são pessoas negociando contra si mesmas", disse Dimon na entrevista ao Squawk Box da CNBC.

Para a comunidade cripto, no entanto, as características descentralizadas da rede bitcoin não dão respaldo à teoria do CEO do JPMorgan e a possibilidade mais plausível seria a de que Satoshi poderia aproveitar novas máximas e vender seus bitcoins.

Nessa direção, o gerente da exchange brasileira NovaDAX, César Felix, observou ao Infomoney que a rede é descentralizada e operada por mineradores e usuários em diversas partes do mundo. O que exigiria uma cooperação massiva mundial para exclusão de todos os bitcoins.

A avaliação de Felix é semelhante à do COO da aceleradora de startups Web3Valley, Daniel Constantino, que acrescentou alto custo e dificuldade técnica para um ataque de 51% à rede bitcoin, estimada por ele em R$ 30 bilhões durante poucos minutos para cobertura de menos de 2% dos custos.

Alheias às declarações de Jamie Dimon e às liquidações massivas de GBTC nos últimos dias, grandes investidores acumularam US$ 3 bilhões em bitcoin nos últimos trinta dias.

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