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Blockchain: CEO do JPMorgan elogiou tecnologia (Bloomberg/Bloomberg)
Editor do Future of Money
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 14h53.
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, é famoso no mercado por ser um dos maiores críticos do bitcoin. Entretanto, o executivo tem uma visão bem mais positiva sobre a tecnologia blockchain. Na última segunda-feira, 8, ele destacou que o uso de blockchain "já é uma realidade", com diversas vantagens que têm atraído cada vez mais o mercado.
Em entrevista ao Fox Business, Dimon confirmou que o JPMorgan está estudando o desenvolvimento de uma stablecoin própria. As stablecoins são criptomoedas pareadas a outros ativos, em geral ao dólar, e se tornaram uma das grandes prioridades de inovação por instituições financeiras.
"A tokenização e a tecnologia blockchain já são uma realidade há bastante tempo, e elas têm se tornado cada vez mais eficientes porque as pessoas estão encontrando maneiras de fazer transações mais rápidas, mais baratas. Os contratos inteligentes provavelmente serão uma realidade também", disse.
Dimon explicou que o JPMorgan já conta com um projeto de tokenização de depósitos bancários e está "trabalhando" em uma stablecoin. O executivo destacou o potencial dessas criptomoedas na área de pagamentos, afirmando que "se encontrarmos um jeito de usá-las para fazer as coisas melhor, mais rápido e mais barato, nós vamos fazer".
"As stablecoins devem funcionam para pagamentos internacionais, e vamos ter outras cosias que vão funcionar melhor para pagamentos no atacado", comentou. Para Dimon, a tecnologia blockchain ainda não se confirmou como uma alternativa melhor para pagamentos de varejo entre pessoas.
O CEO do JPMorgan também disse que as stablecoins e a própria tecnologia blockchain "vão se transformar com o tempo", mas que o banco está comprometido a explorá-las: "Queremos entendê-las, usá-las". Ao mesmo tempo, ele acredita que a regulação é essencial para garantir um futuro para o setor.
"Precisamos de algum tipo de proteção em torno disso. Temos que ter regras, regulamentos, critérios de precificação, medidas de KYC [Conheça o seu Cliente] e AML [prevenção à lavagem de dinheiro]. É precisa ter regras que tornem esses produtos em algo utilizável, racional e justo", defendeu.
A visão positiva de Dimon contrasta com as fortes críticas do CEO ao bitcoin. No passado, o executivo disse que a criptomoeda era uma "pedra de estimação" sem valor real e que era usada principalmente por criminosos, indicando um esforço para separar o ativo da tecnologia blockchain e dos usos explorados pelo banco.
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