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Bitcoin sobe 11%, supera US$ 30 mil e tem “caminho livre” para novas altas

Lideradas pelo bitcoin, principais criptomoedas voltam a apresentar alta após movimentação de grandes gestoras em direção ao setor

(Reprodução/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 21 de junho de 2023 às 10h28.

Última atualização em 21 de junho de 2023 às 13h35.

O bitcoin opera nesta quarta-feira, 21, com alta de mais de 11% após grandes gestoras como BlackRock e Fidelity anunciarem projetos no setor cripto. As movimentações destas gigantes do mercado financeiro foram capazes de animar investidores em meio à incerteza regulatória nos EUA, com a Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC, na sigla em inglês) processando as corretoras Binance e Coinbase.

A principal criptomoeda possui dominância de mercado de 49,4% no momento e é cotada a US$ 30.480 segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a alta já soma 16,8% e em 2023 o bitcoin já subiu 83,16%.

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“Depois de longos dois meses, enfim o bitcoin saiu de seu canal de baixa, e agora tem o caminho livre para buscar seu topo anterior em US$ 31 mil. Quem esperou parar comprar abaixo de US$ 20 mil terá que pagar quase US$ 30 mil agora”, comentou Fernando Pereira, especialista da BitGet.

Motivos para a alta

Segundo Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset Management, o pedido da BlackRock para disponibilizar um fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin à vista ainda inédito nos EUA marcou o início da tendência de alta do bitcoin esta semana.

A gestora, que é a maior do mundo com mais de US$ 10 trilhões sob gestão, já havia realizado outras iniciativas no mercado cripto. Além disso, a Fidelity Investments, terceira maior gestora, anunciou o lançamento de sua própria corretora de criptomoedas. A EDX Markets é voltada para o investidor institucional e foi criada em parceria com a Citadel Securities e Charles Schwab. WisdomTree e Invesco também solicitaram autorização para ETFs de bitcoin após a iniciativa da BlackRock.

“Todas essas ações conjuntas têm o potencial de aumentar a liquidez no mercado de criptomoedas nos próximos anos. Este crescimento é especialmente provável se o mercado conseguir superar o desafio de uma maior clareza regulatória nos EUA”, disse Ayron Ferreira.

“Vale destacar que essa performance do bitcoin ocorre em contraste com a situação dos demais mercados. O S&P 500 e o Nasdaq apresentaram quedas nos últimos dois dias, impulsionados pelo desapontamento com os estímulos econômicos na China e pelas incertezas sobre o processo de ajuste monetário nos EUA. Atualmente, as taxas de juros americanas estão em um patamar contracionista, o que, inevitavelmente, deverá ter impacto nos balanços das empresas”, acrescentou o analista chefe.

Outras criptos em alta

Além do bitcoin, todas as vinte maiores criptomoedas em valor de mercado apresentam alta nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Algumas delas, inclusive, foram mencionadas no processo da SEC contra a Coinbase como valores mobiliários não registrados.

O ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum e segunda maior do mundo, é cotado a US$ 1.820 no momento e sobe 5,24% nas últimas 24 horas.

Confira as maiores altas entre as 20 maiores criptomoedas por valor de mercado nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap.

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