Bitcoin e Ethereum sobem após estreia de ETFs nos EUA, com inflação e juros no radar
Lançamento dos ETFs de ether nas bolsas dos EUA beneficia mercado cripto, mas possíveis cortes de juros no país são foco das atenções
Repórter do Future of Money
Publicado em 23 de julho de 2024 às 12h04.
O bitcoin e o ether operam em alta nesta terça-feira, 23, beneficiados pelo bom desempenho até o momento dos ETFs da criptomoeda da rede Ethereum. Os fundos estrearam nas bolsas dos Estados Unidos após quase dois meses de espera, com a SEC concedendo o sinal verde para os lançamentos após a aprovação em 23 de maio.
Dados da plataforma CoinGecko apontam que o bitcoin acumula alta de 0,7% nas últimas 24 horas e 1,5% na última hora, cotado em US$ 67.273 e mantendo uma trajetória de recuperação nos últimos dias. Já o ether sobe 1,2% nas últimas 24 horas, cotado em US$ 3.492. O mercado cripto como um todo acumula alta de 0,1% no mesmo período.
Lucas Josa, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, avaliou no "Morning Call Crypto" desta terça-feira que o lançamento dos ETFs tem ajudado o ether a ter um desempenho melhor que o do bitcoin, com potencial para ter altas maiores nos próximos dias que as da maior criptomoeda do mercado.
Por isso, ele afirma que será preciso ficar atento ao desempenho desses fundos e, principalmente, aos fluxos de entrada e saída de investimentos ao longo das próximas semanas. Um bom desempenho por parte dos ETFs tende a gerar novas altas da criptomoeda da Ethereum, mas caso os saques predominem, o cenário ficaria mais negativo.
Até o momento, o analista da Bloomberg Eric Balchunas aponta que o desempenho do grupo de fundos é "muito maior" que o esperado para um dia normal de negociação de ETFs, chegando a US$ 112 milhões de volume negociado nos primeiros minutos desde a estreia.
O volume é metade do observado na estreia dos ETFs de bitcoin , mas mesmo um dado 50% menor superaria as expectativas, segundo o analista.
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Além disso, Josa ressalta que a dinâmica da taxa de juros dos Estados Unidos será essencial para o desempenho do mercado de criptomoedas no curto prazo, com destaque para o bitcoin. Segundo ele, investidores já esperam que o Federal Reserve realize cortes de juros a partir de setembro.
"Vale a gente ficar de olho no [índice de inflação] PCE. Se a gente tiver um número interessante para o mercado, muito provavelmente a gente vai ver cripto chegando bem próximo, se não romper as máximas do ano. O bitcoin a US$ 67 mil está bem próximo da máxima histórica", pontua.