Axie Infinity capta US$ 150 mi para reembolsar vítimas de ataque hacker
Após sofrer o que ficou caracterizado como o maior ataque hacker da história dos criptoativos, o jogo em blockchain dá os primeiros passos rumo à recuperação
Mariana Maria Silva
Publicado em 6 de abril de 2022 às 09h30.
Última atualização em 6 de abril de 2022 às 10h20.
A Sky Mavis, empresa responsável pelo jogo em blockchain Axie Infinity, anunciou na manhã desta quarta-feira, 6, a captação de US$ 150 milhões para reembolsar as vítimas de um ataque hacker que atingiu sua plataforma em 23 de março.
Conquistando o primeiro lugar entre os maiores ataques hackers da história dos criptoativos, foram roubados aproximadamente US$ 625 milhões do tesouro de Axie Infinity e das carteiras digitais de seus jogadores. O hacker teria utilizado “chaves privadas hackeadas” de quatro nós da Ronin, sidechain – rede alternativa – da Ethereum que abriga o jogo, para criar e validar saques falsos.
Desde o ocorrido, a equipe por trás do Axie Infinity prometeu o reembolso do dinheiro perdido, apesar de não ter revelado como faria isso. Com o anúncio desta quarta-feira, no entanto, a Sky Mavis deu mais detalhes sobre o seu plano de ação para resolver as consequências do ataque.
Liderada pela Binance, uma rodada de investimentos foi realizada com o apoio da Animoca Brands, a16z, Dialectic, Paradigm e Accel para levantar os fundos que serão utilizados para reembolsar os jogadores de Axie Infinity. Os US$ 150 milhões serão combinados com fundos do balanço da Sky Mavis para cumprir a promessa, feita desde o primeiro anúncio do ataque.
“Os últimos oito dias foram o trecho mais difícil de nossa jornada de quatro anos. Obrigado pela bravura, bondade, orações e palavras de apoio. Vocês têm sido uma fonte constante de energia e inspiração para nós enquanto trabalhamos incansavelmente para resolver a violação da Ronin”, dizia o comunicado de imprensa.
Além disso, a Sky Mavis aproveitou para anunciar que está implementando novas medidas de segurança e continua trabalhando com as autoridades para resolver o caso. O grupo de validadores da Ronin sairá de nove para 21 nos próximos três meses, segundo a empresa, a fim de garantir uma maior segurança. Já a ponte entre blockchains afetada pelo ataque passará por uma série de auditorias antes de finalmente ser aberta de novo.
“Enquanto corríamos para a adoção em massa, fizemos alguns trade-offs que acabaram nos deixando vulneráveis a esse tipo de ataque. É uma lição que aprendemos da maneira mais difícil. Uma lição que guiará como construímos o Ronin daqui para frente. Estamos confiantes de que sairemos mais fortes e mais sábios disso”, revela a Sky Mavis em seu comunicado.
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