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Saiba o que Fluminense e Vasco podem esperar de Keno e Pedro Raul, reforços para 2023

Posicionamento, função em campo e questão física: como chegam as badaladas contratações de Vasco e de Fluminense para a próxima temporada e como elas podem ser melhor aproveitadas em cada equipe

Mercado da Bola: Enquanto um joga pelos lados e também é forte nas assistências, o outro é um centroavante fazedor de gols (Daniel Ramalho/Vasco/Divulgação)

Mercado da Bola: Enquanto um joga pelos lados e também é forte nas assistências, o outro é um centroavante fazedor de gols (Daniel Ramalho/Vasco/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de dezembro de 2022 às 08h38.

Keno e Pedro Raul são diferentes em quase tudo. Ambos atuam no ataque, é verdade. Mas, enquanto um joga pelos lados e também é forte nas assistências, o outro é um centroavante fazedor de gols. Enquanto o primeiro tenta recuperar a boa fase após uma temporada de contusões, o segundo quer manter o alto rendimento de 2022. Em comum, o fato de que chegam, respectivamente, a Fluminense e Vasco como as principais contratações para o próximo ano. E, claro, cercados de expectativa.

Não há dúvidas de que Keno, que jogava no Atlético-MG, chega para ser titular no Fluminense. Mas o posicionamento não é tão ponto pacífico assim. Em tese, ele substitui Matheus Martins, vendido à Udinese-ITA, na direita. Mas seus melhores anos foram atuando na ponta esquerda, posição que é dominada por John Arias.

Isso não significa que o reforço não possa atuar do outro lado — ou até Arias ser deslocado. Keno foi um dos primeiros nomes indicados pelo técnico Fernando Diniz, que sabe como ele joga. Logo, a tendência é que os dois flutuem e invertam de posição durante os jogos.

O atacante traz consigo uma funcionalidade necessária ao esquema de Diniz: alguém que consegue fazer com qualidade a conexão entre meio e ataque. Arias foi fundamental neste ponto. Ao mesmo tempo que formou boa parceria com Germán Cano, aliviou Paulo Henrique Ganso na armação. Espera-se que, com Keno, o time ganhe este desafogo criativo pelos dois lados. E que o centroavante argentino se beneficie com mais um parceiro na frente.

Elogio de Tite

Nas últimas temporadas, Keno se destacou não só pelos gols, mas como garçom. Foram 12 assistências em 2020 e sete no ano seguinte. Até que veio 2022 e, com ele, as lesões. Foram muitos dias no departamento médico do Atlético-MG, o que sempre lança uma interrogação sobre as condições físicas.

A situação de Pedro Raul é inversa. Chega badalado por viver o melhor momento da carreira. A ponto da SAF desembolsar, à vista, 2 milhões de dólares (R$ 10,3 milhões), valor que faz desta a terceira contratação mais cara da história do clube — atrás apenas das de Diego Souza, em 2011, e de Edmundo, em 1999.

Jogando pelo Goiás (emprestado pelo Kashywa Reysol), marcou 26 gols em 50 partidas. Foi o segundo maior artilheiro do último Brasileiro, com 19 gols. Quinto que mais finalizou na competição (92 vezes), registrou média de uma bola na rede a cada 4,8 conclusões.

Com estes predicados, não há dúvidas sobre o que se espera dele no Vasco: ser o homem-gol. Posição da qual o clube é carente desde a saída de Cano, em 2021. Mas, além da alta performance como finalizador, Pedro Raul também se destaca por fazer muito bem o pivô e pela colocação para receber ligações diretas. Tanto que arrancou elogios de Tite antes da Copa:

— Fica aqui o reconhecimento a um cara que está fazendo gol adoidado. É o Fred atualizado — afirmou Tite, em agosto, comparando-o com o centroavante ex-Flu e seleção brasileira.

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