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Prêmio da Fifa não deixa dúvidas sobre peso da Copa ao consagrar Messi e a campeã Argentina

Ao ampliar período de avaliação, Fifa fez com que noite virasse distribuição de justas premiações a integrantes de campanha histórica no Catar

Lionel Messi: o argentino levou a premiação da entidade em todas as suas encarnações (Michael Regan/Getty Images)

Lionel Messi: o argentino levou a premiação da entidade em todas as suas encarnações (Michael Regan/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 06h45.

A noite de gala da Fifa aconteceu em Paris, na França, mas o idioma mais ouvido no palco foi o castelhano. Primeiro, Emiliano Martínez. Depois, Lionel Scaloni. Por fim, no grande momento, Lionel Messi. O The Best consagrou em quase todas as categorias possíveis o time da Argentina campeão do mundo em dezembro do ano passado, um efeito do recorte adotado para incluir o Mundial no período julgado.

Numa concorrência com os franceses Benzema e Mbappé que vinham de temporadas estatisticamente melhores por clubes, pesou a brilhante Copa de Messi, que conquistou seu sétimo título de melhor do mundo pela Fifa.

O argentino levou a premiação da entidade em todas as suas encarnações. Foi Jogador do Ano em 2009, Bola de Ouro em 2010, 2011, 2012 e 2015 quando o prêmio da France Football se uniu ao da entidade que comanda o futebol mundial e chega ao seu segundo título na era “The Best”, após a conquista de 2019.

— Este ano foi uma loucura pessoalmente para mim. Pude realizar meu sonho depois de tanto lutar, insistir. Enfim, consegui, o momento mais bonito da minha carreira. É um sonho para qualquer jogador e pouquíssimos conseguiram. Eu, graças a Deus, consegui — discursou o camisa 10 da albiceleste sobre o título da Copa do Mundo, pauta também das falas de Martínez e de Scaloni.

Herói argentino na conquista, o goleiro chegou a ficar fora do “onze ideal” eleito pela Fifpro, o sindicato dos jogadores, preterido por Courtois, seu concorrente ao prêmio da posição. Outra demonstração do efeito Copa, amplificado no caso de um atleta que atua num Aston Villa com poucas aspirações em nível mundial. Scaloni, que teve a renovação de contrato com a seleção argentina (até 2026) divulgado ontem, foi outro a ver sua projeção explodir no Catar.

No feminino, a espanhola Alexia Putellas mostrou que segue dominando o cenário sem espaço para a concorrência. Venceu seu segundo “The Best”, que juntará às duas Bolas de Ouro já faturadas.

A noite teve outros momentos emocionantes. No início, uma homenagem ao Rei Pelé, morto em dezembro, que também teve o cantor brasileiro Seu Jorge se apresentando. Já no prêmio Puskás, que tinha o golaço de Richarlison contra a Sérvia na concorrência, o efeito Copa não prevaleceu sobre uma das grandes histórias da noite: a do amputado polonês Marcin Oleksy. Ele fez história ao faturar com um golaço de voleio pelo Warta Poznan:

— É difícil imaginar receber esse prêmio, mas estou aqui.

Na seleção da Fifpro, o volante Casemiro terminou como único representante brasileiro da noite. Mesmo com as boas temporadas, Vinícius Júnior e Neymar não conseguiram seu lugar na escalação. Ney chegou a ser votado como melhor do mundo por Messi, Tite e Thiago Silva

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