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Pan-Americanos 2023: Brasil quer manter hegemonia no Top 3 do quadro geral de medalhas

Maior competição esportiva das Américas começa nesta sexta-feira

 (Wander Roberto/COB/Divulgação)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de outubro de 2023 às 14h11.

Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 14h11.

Nesta sexta-feira, 20, a cidade de Santiago, no Chile, será palco da 19ª edição dos Jogos Pan-Americanos. A maior competição esportiva das Américas contará com mais de 7 mil atletas de 41 países em 58 modalidades, incluindo categorias inéditas como breaking, escalada e skate. Realizado a cada quatro anos, o evento destaca-se como uma etapa crucial de preparação para as Olimpíadas.

A relação do Brasil com o “Pan” evidencia-se pela trajetória vitoriosa da delegação, presente em todas as edições do evento. Neste ano, o país enviará a maior equipe da história, composta por 633 atletas, 263 oficiais de confederações e 124 oficiais do comitê, totalizando 1020 participantes.

Além disso, o Comitê Olímpico do Brasil espera repetir o sucesso de 2019, quando o país conquistou 169 medalhas, incluindo 54 de ouro. Para alcançar o feito, a delegação brasileira contará com alguns dos principais atletas, como Rayssa Leal no skate street, Rebeca Andrade na ginástica artística, Marcus Vinicius D’Almeida no tiro com arco, Hugo Calderano no tênis de mesa, entre outros nomes de destaque.

"Queremos sempre fazer amanhã melhor do que fizemos ontem. O trabalho foi desenvolvido para que haja evolução da participação brasileira nos Jogos Pan-americanos. No entanto, sabemos como o esporte lida com fatores aleatórios e a dificuldade de se repetir o excelente segundo lugar alcançado em Lima 2019, a melhor participação brasileira da história. Assim, temos como meta realista manter a hegemonia no top 3 do quadro total de medalhas", afirma Rogério Sampaio, diretor-geral do COB e chefe da Missão Brasileira em Santiago.

O Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) também aparece como referência nos êxitos esportivos ao contribuir significativamente para as vagas confirmadas dos brasileiros nos Jogos. Aproximadamente 400 esportistas têm vínculo com clubes integrados ao Programa de Formação de Atletas, que fortalecem a equipe brasileira. Considerando apenas os esportes apoiados pelo CBC, 96% da delegação foi beneficiada pelo trabalho da organização.

“O esporte no Brasil, no sentido de formar atletas, ocorre predominantemente dentro dos clubes, sociais ou esportivos. O nosso Programa de Formação possibilita cada vez mais que novos clubes tenham condições de trabalhar com esportistas desde as categorias de base, seja participando de competições oficiais, seja com recursos para aquisição de equipamentos e materiais esportivos, bem como para o custeio de profissionais envolvidos”, diz Paulo Maciel, presidente do CBC.

A busca pelo título pan-americano não é apenas crucial para ampliar a visibilidade na fase final do ciclo até os Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas também representa a principal via de classificação olímpica para diversos esportes, incluindo boxe, handebol, tiro esportivo, vela e hipismo.

Impulso na infraestrutura

A estrutura para o torneio também recebe atenção especial. A Fast Engenharia, maior empresa de overlays da América Latina, lidera o projeto com um investimento de 20 milhões de reais para fornecer aproximadamente 2 mil toneladas de equipamentos, desde tendas e pisos até arquibancadas e iluminação esportiva. Ainda fornecerão toda a energia temporária necessária para a realização dos jogos e conduzir reformas nas principais sedes do evento, incluindo melhorias nas pistas e no Field Of Play (FOP) do Estádio Nacional e do Coliseo Mario Recordón.

“As estruturas móveis, além de facilitar o processo de montagem e desmontagem, possuem evoluções tecnológicas que contribuem para que o resultado final fique mais do que o esperado para receber um evento como este, o maior do segmento esportivo das Américas. Também forma-se uma garantia de que não haja os chamados ‘elefantes brancos’, que são os projetos de áreas e arenas que não são mais utilizados nas cidades após os eventos”, comenta Tatiana Fasolari, diretora executiva da Fast Engenharia.

Esta evolução na parte estrutural reflete uma crescente atenção das companhias em fornecer condições ideais para a prática esportiva. A Recoma, empresa brasileira especializada na construção deste tipo de estrutura, desempenha esse papel desde 2004. Em São Bernardo do Campo (SP), no Centro de Excelência Esportiva de Atletismo, construído pela empresa, por exemplo, o atleta Felipe Bardi alcançou um feito inédito na história do atletismo brasileiro: concluiu a prova dos 100m rasos em um tempo recorde de 9s96.

Campeões olímpicos, como Maurren Maggi, medalhista nas Olimpíadas de Pequim, e o ginasta brasileiro Arthur Zanetti, primeiro brasileiro e latino-americano a conquistar uma medalha olímpica de ouro em qualquer das categorias da ginástica artística, fazem parte do time de embaixadores da marca. Rafael Silva, conhecido como Baby, também entra nesta lista e irá disputar a competição no Chile.

“Temos uma expectativa muito positiva em relação ao desempenho do Brasil. Um passo importante para ampliar o nosso número de medalhas é oferecer uma infraestrutura adequada para os nossos atletas competirem em alto nível e buscarem o resultado esportivo. No Brasil, nós temos concentrado esforços em criar infraestrurura e investir nos atletas. Vamos continuar, ao longo dos anos, com esse tipo de projeto, que visa aumentar a capacidade do nosso país em encontrar e lapidar jovens promessas. Nosso objetivo é ajudar o Brasil a alcançar o maior número de medalhas e conquistas possíveis”, conclui Sergio Schildt, presidente da Recoma.

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