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Opinião | O que esperar da Copa do Mundo Feminina de Futebol no Brasil em 2027

Ivan Martinho comenta sobre a escolha do Brasil como sede da Copa Feminina e o que esperar do torneio

Copa do Mundo Feminina 2027: projeto brasileiro recebeu 119 votos favoráveis no 74º Congresso da FIFA. (Agência Brasil/Reprodução)

Copa do Mundo Feminina 2027: projeto brasileiro recebeu 119 votos favoráveis no 74º Congresso da FIFA. (Agência Brasil/Reprodução)

Ivan Martinho
Ivan Martinho

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Publicado em 3 de junho de 2024 às 09h25.

Se você é um brasileiro que acompanhou a Copa do Mundo de Futebol Masculino em 2014 de qualquer lugar do planeta Terra, provavelmente você se recorda da sensação. A expectativa de ganhar em casa entusiasmava qualquer um,  o clima de “não vai ter copa” deu lugar ao orgulho pela boa organização de um evento dessa magnitude e quando tocasse o apito inicial, era esperado um grande espetáculo mas dentro de campo não foi bem assim que as coisas aconteceram.

Mas e se essa história puder ser reescrita? Pois ela já começou!

Treze anos depois, o Brasil novamente será sede da Copa do Mundo da FIFA, desta vez para receber o futebol feminino em 2027. O projeto brasileiro recebeu 119 votos favoráveis no 74º Congresso da FIFA em Bangkok, na Tailândia, diante dos 78 votos recebidos pelos concorrentes europeus, uma candidatura unificada entre Alemanha, Bélgica e Holanda. Uma grande notícia para indústria esportiva do país! Afinal, as perspectivas são excelentes.

A começar pelo fato de que, desta vez, a infraestrutura já está pronta. Dez dos doze estádios que receberam a Copa de 2014 fizeram parte da candifatura e podem ser utilizados no mundial de 2027. A rede hoteleira nas cidades-sede também já está preparada, com muito mais experiência em receber grandes eventos. Tudo isso mais o número de profissionais já capacitados para o desafio são bons ingredientes para que o evento seja um sucesso!

Além disso, a expectativa da FIFA é que a Copa do Mundo Feminina de 2027 envolva o maior número de seleções na história, incluindo países emergentes. E o mais importante, que tenha o maior número de mulheres atuando não só dentro, mas também fora dos campos.

As oportunidades de mercado, é claro,são gigantescas. Vamos tomar como base a Copa do Mundo Feminina de 2023, sediada na Austrália e na Nova Zelândia, que bateu todos os recordes de público e de audiência — mesmo no Brasil, onde a diferença do fuso horário fez com que algumas partidas fossem exibidas durante a madrugada.

A exibição da partida de estreia do Brasil no torneio teve a maior audiência da faixa horária em TV aberta dos últimos 15 anos. E mesmo sem o Brasil, a final entre Inglaterra e Espanha teve uma audiência 657% maior do que a segunda colocada. Isso apenas na TV aberta.

Esse canhão de exposição da transmissão televisiva no Brasil indica o tamanho da oportunidade e traz consigo alternativas de comercialização de patrocínio sem precedentes para modalidade As empresas que reconhecem o valor de associar suas marcas a eventos esportivos populares e investem para ativá-lo de forma correta são capazes de conquistar espaço no coração de um público apaixonado e transformar isso em negócios.

E as oportunidades na indústria dos esportes não se limitam à televisão. Uma projeção feita pelo Statista indica que as receitas geradas pelo mercado esportivo superem os 680 bilhões de dólares em 2028. Isso inclui receitas de transmissões, mas também investimentos em patrocínios, licenciamentos de produtos, entre outros. A oportunidade de trazer parte dessa fatia ao Brasil com um torneio de tanta projeção como a Copa do Mundo é de se comemorar.

Então, prepare-se para torcer — e para aproveitar todas as oportunidades que uma nova chance de sediar a Copa nos trará pois em 2027, “Sim, vai ter Copa!

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