Olimpíadas de 2024: relembre o acidente de Laís Souza (Ze Carlos Barretta/Folhapress ESPORTE/Wikimedia Commons)
Repórter de POP
Publicado em 1 de agosto de 2024 às 06h16.
Última atualização em 8 de agosto de 2024 às 16h31.
10 anos atrás, se tudo tivesse dado certo, Laís Souza teria sido a primeira brasileira a competir no esqui aéreo. Especialista em salto na ginástica artística olímpica e integrante dos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e de Pequim (2008), a ex-atleta tomou uma decisão ousada em 2013: mudar de modalidade. A convite da Confederação Brasileiro de Desportes na Neve (CBDN), ela passou a treinar para competir nos Jogos Olímpicos de Inverno no esqui aéreo — e estava mais que pronta para marcar a história do Brasil no esporte.
Enquanto ginasta, Laís recebeu a medalha de bronze em equipe nos Jogos Pan-americanos em 2003. Na Copa do Mundo em São Paulo (2005), levou a prata pelo salto e, no mesmo ano, o ouro no Campeonato Nacional Brasileiro no mesmo aparelho. Também conquistou o primeiro lugar no pódio na trave. Em 2007, faturou a medalha de prata em equipe e o bronze no salto e nas barras paralelas nos Jogos Pan-americanos.
Diogo Soares perde o pódio da ginástica artística na final das Olimpíadas de ParisEm suas últimas olimpíadas como ginasta, Laís terminou em 8º lugar na competição por equipe dos Jogos Olímpicos de Londres, representando o Brasil.
Em 2014, enquanto se preparava para competir nas Olimpíadas dos Estados Unidos, o sonho foi interrompido. Laís sofreu um acidente irreversível: a ex-atleta teve uma fratura de alto risco na coluna cervical, na vértebra C3. Ela colidiu contra uma árvore enquanto descia da montanha em Salt Lake City (Estados Unidos) e, com o impacto, ficou tetraplégica — sem os movimentos do corpo abaixo do pescoço.
O resgate da brasileira demorou 45 minutos. Assim que foi resgatada, ela ficou internada por mais de um ano e seis meses em Miami. O acidente de Laís completou 10 anos em 2014. A ex-atleta precisa de cuidados constantes e está trabalhando como apresentadora na Cazé TV.
Esses são os horários em que as atletas brasileiras estarão em ação, buscando novas conquistas para o país. Rebeca Andrade, que já se destacou nas classificatórias, chega como uma das favoritas em várias finais, incluindo o salto e o solo. Júlia Soares também tem a chance de brilhar na final da trave, assim como Flávia Saraiva no individual geral.
A expectativa é grande para essas competições, que podem trazer ainda mais medalhas para o Brasil e consolidar o excelente desempenho da equipe de ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. As atletas já mostraram que têm potencial para competir de igual para igual com as melhores do mundo, e o país segue na torcida por mais momentos históricos nas próximas finais.
Os Jogos Olímpicos de Paris terão disputas em todos os dias, de 24 de julho a 11 de agosto, e em diversos horários. Muitas modalidades terão transmissão da TV Globo e de plataformas de streaming, especialmente de jogos com a participação de atletas da seleção brasileira.
Veja como assistir:
A CazéTV, no YouTube, está transmitindo uma série de modalidades durante todos os dias. Além disso, é possível acompanhar pela Globo, na TV aberta.