Diniz: treinador ficará um ano na seleção (Youtube/Reprodução)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 5 de julho de 2023 às 08h25.
Última atualização em 5 de julho de 2023 às 08h28.
O técnico Fernando Diniz, do Fluminense, será o treinador interino da seleção brasileira até a chegada do italiano Carlo Ancelotti. Diniz assinou contrato com a CBF na noite desta terça-feira, 04, na sede da entidade, e será apresentado nesta quarta-feira, às 15h.
"Estou muito feliz com o convite e com a convocação, certamente vou dar o meu melhor para a CBF e para o futebol brasileiro. É um sonho que estou realizando ao estar ao lado de grandes jogadores, alguns destes atletas foram meus jogadores quando mais jovens. Dois que me vêm à cabeça são o Bruno Guimarães e o Antony", afirmou o treinador.
O contrato de Diniz com a entidade será de um ano. Ele comandará a seleção nos jogos contra Bolívia e Peru em setembro, Venezuela e Uruguai em outubro, Argentina e Colômbia em novembro, e na data Fifa de março de 24, quando o Brasil vai enfrentar a Espanha em um amistoso. O contrato de Ancelotti com o Real Madrid se encerra no dia 30 de junho.
"Acho que o meu objeto de estudo e o meu prazer no futebol é ajudar o jogador a colocar para fora a sua inventividade, a sua criatividade e que ele seja feliz enquanto joga futebol. Isso eu fiz durante a minha carreira inteira e foi o que me trouxe até aqui e o que eu vou procurar fazer pelos jogadores", garantiu Diniz.
Com a definição de um técnico interino, a CBF irá focar em colocar no papel o acerto com Carlo Ancelotti. Por mais que trate a vinda do italiano como certa, questões como salário, logística e formação da comissão técnica ainda não foram discutidas.
"Fernando Diniz foi por conta de um trabalho inovador, a partir do momento do Audax, passou por outros clubes com a mesma filosofia, mesmo método. Gostei muito da renovação que ele fez nas aplicações táticas. A proposta do jogo é quase parecida com o treinador que assumirá na Copa América, o Ancelotti", explicou Ednaldo.
A CBF também avaliou o nome de Rogério Ceni, mas foi rechaçado. Dorival Júnior também esteve cotado, mas por estar no São Paulo a possibilidade não foi adiante. O presidente da CBF, Ednaldo Rodriguez, não queria fazer convites para não deixar muitas pistas.
O técnico vai continuar empregado no Fluminense e deve conciliar os trabalhos ao mesmo tempo. A situação é atípica, mas não é inédita, já que Vanderlei Luxemburgo viveu cenário parecido.
Em 1998, logo após a Copa do Mundo da França. Na ocasião, Mario Jorge Lobo Zagallo deixou o comando técnico da seleção brasileira e a CBF encontrou dificuldades para achar um substituto que agradasse a todos. O nome de Luxemburgo ganhou força com o então presidente Ricardo Teixeira. Mas a negociação não foi fácil.
Luxemburgo era técnico do Corinthians e só aceitou ir para a seleção brasileira com uma condição: continuar comandando o alvinegro até o final daquele ano. E deu certo: o Timão conquistou o título após vencer o Cruzeiro na decisão.
Vanderlei Luxemburgo comandou a seleção brasileira em 34 partidas, entre 1998 e 2000, com um aproveitamento de 69,60%, sendo 21 vitórias, oito empates e cinco derrotas. Ele levou o Brasil ao título da Copa América de 1999.
Com Agência o Globo.