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Condenado por matar namorada, Oscar Pistorius deixa a prisão e é posto em liberdade condicional

Atleta obteve benefício após cumprir parte dos 13 anos de sentença por atirar e matar Reeva Steenkamp, há dez anos

Pistorius deixou discretamente uma prisão de Pretória, longe do olhar público que caracterizou o seu julgamento (Anadolu Agency/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 07h08.

Última atualização em 5 de janeiro de 2024 às 07h21.

O ex-campeão paralímpico Oscar Pistorius, que obteve liberdade condicional, deixou a prisão nesta sexta-feira, após cumprir parte da pena pelo assassinato de sua namorada em 2013. O sul-africano de 37 anos obteve a liberdade condicional em 24 de novembro de 2023. Pistorius deixou discretamente uma prisão de Pretória, longe do olhar público que caracterizou o seu julgamento de grande repercussão há quase uma década.

Pistorius “está agora em casa”, disse Singabakho Nxumalo, porta-voz do Departamento de Serviços Correcionais, mas as autoridades recusaram-se a divulgar mais detalhes sobre a sua libertação, incluindo quando saiu da prisão ou que saída utilizou.

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Pistorius, corredor que perdeu as pernas quando era criança e era conhecido como "Blade Runner" por suas próteses de carbono, foi condenado a 13 anos de prisão em 2017 por ter assassinado sua namorada, Reeva Steenkamp.

Na África do Sul, os condenados podem solicitar a liberdade condicional depois de terem cumprido metade da pena. O ex-atleta sairá da prisão em que está detido, em Pretória.

"Assim como outras pessoas em liberdade condicional, Pistorius não pode dar entrevistas à imprensa", ressaltou a administração penitenciária em um comunicado. "O fato de Pistorius ser conhecido do público não o torna diferente dos outros detentos e não justifica um tratamento particular", acrescenta a nota.

Relembre o caso

Na madrugada de 14 de fevereiro de 2013, Pistorius matou Steenkamp, disparando quatro tiros através de uma porta em sua casa em Pretória. O atleta se declarou inocente e negou ter matado a namorada. Ela estava trancada dentro do banheiro quando ele atirou, sem chance para Reeva. Ele alegou ter atirado contra a porta do banheiro porque acreditava que a casa estava sendo invadida por um ladrão.

Na época, a estratégia da defesa foi indicar que o ex-atleta, que não tem parte das duas pernas, estava com medo. Segundo a defesa, ele estaria sem as próteses no momento em que atirou. Assim, andando com o apoio doa joelhos, sentia-se vulnerável.

Steenkamp e Pistorius tinham um relacionamento de apenas três meses quando o homicídio aconteceu. O crime gerou comoção, já que Pistorius era considerado um exemplo de superação das adversidades.

Como parte de sua condenação, Pistorius deve se submeter até o final de 2029 a uma terapia sobre o controle da raiva e a violência contra mulheres.

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