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Com três dos maiores eventos nos próximos anos, EUA pode se tornar o novo centro do esporte?

Super Mundial, Copa do Mundo e Olimpíadas vão movimentar o país nos próximos anos

New York, NY, United States (Alexander Spatari/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de agosto de 2024 às 15h41.

Última atualização em 13 de agosto de 2024 às 16h01.

Nos próximos anos, a começar por 2025, os Estados Unidos vão receber alguns dos principais eventos esportivos do planeta, o Super Mundial de Clubes, em 2025, a Copa do Mundo, em 2026, e as próximas Olimpíadas, em 2028. Outra competição de peso já aconteceu neste ano, é verdade, com a realização da Copa América, disputada entre junho e julho.

Em meio a tudo isso, diga-se de passagem, os principais jogos que envolvem a NBA e a NFL vão continuar acontecendo, movimentando ainda mais o cotidiano dessas cidades e, consequentemente, fazendo a alegria dos turistas que estarão pelos locais durante esses eventos.

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Para ter uma ideia desta expansão, a FIFA, desde 2023, vem movimentando seus negócios para Miami, levando em conta os investimentos feitos pela principal liga do país, a Major League Soccer (MLS), principalmente após a ida de alguns craques para o país, casos de Lionel Messi e Luis Suárez no Inter Miami.

Mais de 100 funcionários da entidade máxima do futebol mundial se transferiram da sede na Suíça para Coral Gables, local que vai receber o departamento jurídico, de auditoria, conformidade e gestão de riscos da organização.

Com relação às Olimpíadas de Los Angeles em 2028, as projeções já são as melhores possíveis, com uma previsão de US$ 160 milhões em arrecadação com a venda de ingressos.

Será que, com tudo isso, os Estados Unidos podem ser o novo centro global do esporte? Especialistas em gestão e marketing esportivo opinaram sobre o assunto e colocaram seus pontos de vista sob a ótica dos negócios.

"Os Estados Unidos, há anos, vêm sendo um grande centro do esporte. Como tudo o que fazem, estes eventos vão levar mais audiência para seus produtos; não tenho dúvidas que crescerão após este período. Além disso, esse movimento só faz com que o mundo todo perceba quanto são profissionais e cresça o interesse de todos stakeholders em estar próximos aos EUA, atletas, profissionais do esporte e público em geral", opina Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo.

"Acredito que as marcas podem tirar grande proveito da exposição e das oportunidades oferecidas por grandes eventos esportivos nos Estados Unidos até as Olimpíadas. Ao adotar uma abordagem integrada e criativa, aproveitando patrocínios, parcerias estratégicas, campanhas de engajamento e experiências interativas com os consumidores as marcas podem aumentar sua visibilidade, fidelizar consumidores e alinhar-se a valores positivos, garantindo um impacto duradouro e significativo", afirma Wagner Leitzke, diretor de digital da agência End to End.

“Berço das principais ligas do mundo, como a NBA, NFL, NHL, os Estados Unidos são a bola da vez no que tange a realização de grandes eventos mundiais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos nos próximos anos. Se a indústria esportiva já é gigante, ela ficará maior ainda por meio dos recursos e receitas advindas das competições globais", aponta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

“Os Estados Unidos já são o país das maiores ligas e maior indústria do esporte no mundo. Um mercado-alvo para a grande maioria das modalidades que querem de fato tornarem-se globais que sabem do desafio de competir com as quatro grandes já existentes (NFL, NBA, NHL, MLB). Temos acompanhado uma nova aposta no crescimento do futebol e também a chegada definitiva da F1 após diversas tentativas para dividir esse concorrido bolo de atenção e investimento. Sem dúvida receber esses três grandes eventos embola ainda mais o meio de campo, aumenta a disputa e cria ainda mais desafios para marcas escolherem onde apostar suas fichas ou sua verba”, complementa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

"Os Estados Unidos sempre foram expert em tudo o que já realizaram envolvendo grandes eventos, e agora estamos falando de uma competição inédita, com os maiores clubes do mundo, e as duas maiores celebrações do planeta dentro do esporte. Será uma oportunidade para todos os negócios envolvidos, incluindo hotelaria, alimentação e turismo, pois a movimentação econômica tende a ser uma das maiores da história esportiva. Também será mais uma chance enorme para as marcas conseguirem cada vez mais se relacionarem com o público, em tempos em que os recursos tecnológicos e digitais estão tão dominantes em nossa sociedade", conclui Joaquim Lo Prete, country manager da Absolut Sport no Brasil, agência de experiências esportivas que promove venda de pacotes esportivos envolvendo eventos globais.

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