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Brasileirão 2023: equilíbrio em estatísticas-chave torna competição ainda mais imprevisível; veja

A quatro rodadas do fim, edição de 2023 mostra diversidade de competências e momentos entre postulantes ao título

Brasileirão: líder Palmeiras, à frente do antigo dono da ponta Botafogo (que tem um jogo a menos) por dois pontos, é o melhor mandante do campeonato (74,5% de aproveitamento) (Vitor Silva/Botafogo/Reprodução)

Brasileirão: líder Palmeiras, à frente do antigo dono da ponta Botafogo (que tem um jogo a menos) por dois pontos, é o melhor mandante do campeonato (74,5% de aproveitamento) (Vitor Silva/Botafogo/Reprodução)

Agência o Globo
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Publicado em 21 de novembro de 2023 às 07h27.

São poucos os que arriscariam com convicção um possível desfecho do Brasileirão 2023, mesmo a quatro rodadas do fim do campeonato. Uma edição que teve um líder dominante no primeiro turno e pouco a pouco chegou a um cenário de indefinição se reflete também nas estatísticas-chave, ferramentas eficientes para entender os caminhos do título nos últimos anos.

O líder Palmeiras, à frente do antigo dono da ponta Botafogo (que tem um jogo a menos) por dois pontos, é o melhor mandante do campeonato (74,5% de aproveitamento). Ao mesmo tempo, é apenas o quinto melhor visitante (47,1%), atrás do próprio alvinegro (52,1%). As seis estatísticas-chave, de melhores mandantes, visitantes, desempenhos nos dois turnos , ataque e defesas têm sido fundamentais nas histórias dos últimos campeões brasileiros, mas em 2023 ajudam a contar o cenário de indefinição.

Dos seis postulantes ao título, só o Atlético-MG — em 5º, com os mesmos 57 pontos do Flamengo, mas como um jogo a mais — dono da melhor defesa (27 gols sofridos) e da melhor campanha no segundo turno (66,7%), domina mais de uma dessas estatísticas. As demais ficam divididas: O Grêmio tem o melhor ataque, com 57 gols marcados; o Flamengo é o melhor visitante, com 54,9% de aproveitamento; e o Botafogo ficou com o título simbólico do primeiro turno, com 47 pontos e 82,5% de aproveitamento.

Nesse cenário, o mantra de “jogo a jogo”, repetido pela maioria dos técnicos do Brasileiro, vira uma realidade prática. Foi o que ressaltou Abel Ferreira, comandante do Palmeiras, quando sua equipe conseguiu virada histórica por 4 a 3 sobre o Botafogo no Nilton Santos, no início deste mês.

— Não vou alterar aquilo que disse há um turno atrás quando o Botafogo ganhou na nossa casa. Disse que o Botafogo tinha tudo para ser campeão e a única equipe que só depende deles. Têm essa vantagem e isso não vou alterar. Vamos procurar fazer nossos jogos. Temos jogos difíceis, quem conhece o Brasileirão, como eu agora conheço, sabe — afirmou, três rodadas antes do alviverde assumir a liderança.

Histórico pesa

O GLOBO analisou as últimas cinco edições do Brasileiro e constatou que, no histórico recente, dominar pelo menos três destas estatísticas-chave pode ser essencial para buscar o título. Dos últimos cinco campeões brasileiros, três (Palmeiras de 2018, Flamengo de 2019 e Atlético-MG de 2021) terminaram o campeonato na liderança de cinco delas.

O Palmeiras de 2022 dominou quatro delas (só não teve melhor campanha em casa e no segundo turno), enquanto o Flamengo de 2020 foi campeão “vencendo” em três destas estatísticas: melhor ataque, melhor segundo turno e melhor campanha como visitante.

Esta última chama atenção pela precisão. Do Brasileirão de 2018 para cá, todos os campeões terminaram como melhores visitantes de suas edições. Hoje, o rubro-negro, melhor visitante com 28 pontos conquistados fora de casa, é o postulante ao título mais distante da liderança, a cinco pontos do alviverde, com um jogo a menos.

Quem aparece logo atrás são Galo (27), Cuiabá (26), Botafogo (25) — com um jogo fora de casa a menos — e o próprio Palmeiras, com 24.

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