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Brasil x França: como a seleção deve jogar contra o adversário mais difícil do grupo?

Vitória sobre o Panamá revelou desempenho entrosado e sólido do Brasil, mas treinadora pode realizar mudanças para o próximo confronto

Contra a França, o duelo deve ser maior no setor esquerdo (Getty Images/Divulgação)

Contra a França, o duelo deve ser maior no setor esquerdo (Getty Images/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 28 de julho de 2023 às 03h00.

Desde o início da preparação para a Copa do Mundo Feminina 2023, a comissão técnica da seleção brasileira organizou uma logística para privilegiar as melhores condições para o duelo contra a França. Neste sábado, às 7h, no Brisbane Stadium, o Brasil enfrenta seu maior desafio na primeira fase, e tem a missão de vencer pela primeira vez as francesas.

Depois de uma vitória com autoridade na goleada por 4 a 0 sobre o Panamá, Pia Sundhage tem questões a decidir nos próximos dias, quando precisará escolher a escalação inicial na segunda partida do Mundial.

Do meio para frente, o desempenho foi consistente e produtivo, com o Brasil dominando a partida nos 90 minutos e mostrando diferentes alternativas para chegar à meta adversária. Mas a pontaria deixou a desejar, e três dos quatro gols vieram de cruzamentos pelo lado esquerdo, aproveitando a marcação ineficiente do Panamá, que deixou Ary Borges livre marcar três vezes.

Foram 31 cruzamentos, 10 concluídos, em boa cobertura de Tamires e Debinha pela ponta esquerda, na maioria dos casos sem que as adversárias apresentassem resistência.

Contra a França, o duelo deve ser maior no setor: no jogo de estreia, em que as europeias ficaram apenas no empate com a Jamaica, o treinador Hervé Renard testou Matéo e Majri nas duas alas, com mais sucesso com a primeira pela esquerda e a segunda pela direita.

No segundo tempo do duelo contra o Panamá, Pia sacou Antônia para a entrada de Bruninha, dando ritmo de jogo à lateral-direita de origem — Antônia originalmente atua como zagueira — e indicando a possibilidade de ter um reforço no setor.

Formação para a partida

Assim, a opção poderá ser por uma formação com três zagueiras, esquema escolhido por Pia no duelo contra a Inglaterra, na Finalíssima, em abril.

Na ocasião, o Brasil sofreu bastante pressão das inglesas, especialmente no primeiro tempo, mas conseguiu segurar o poder do ataque da equipe comandada por Sarina Wiegman.

Pia pode aproveitar a experiência de Kathellen, defensora do Real Madrid, para apoiar a jovem Lauren, que, aos 20 anos, estreou em Copas do Mundo nesta segunda-feira.

O trio fica completo com Rafaelle, "xerife" da zaga e que teve atuação elogiada por Pia após a estreia. Tamires e Antônia devem repetir a função na lateral, mas com Rafaelle atuando mais próxima à lateral-esquerda para reforçar a marcação.

O meio deve contar com Kerolin, Ary e Luana, trio que teve atuação destacada e comandou a criação contra o Panamá. Volante experiente em sua segunda Copa, Luana tem a vantagem de conhecer boa parte das francesas durante suas duas temporadas pelo PSG. Lá, ela atuou ao lado da meia Geyoro e da atacante Diani, estrelas das Bleues. Além disso, ela já jogou contra outros grandes nomes da França como as zagueiras Renard e Cascarino, e a atacante Eugenie Le Sommer, atletas do Lyon.

Na frente, ao lado de Debinha, Pia pode optar por começar com Geyse ao invés de Bia Zaneratto. Centroavante clássica, a Imperatriz tem maior presença dentro da área, mas a experiência de Renard na zaga pode neutralizar a ofensividade da jogadora. Com Geyse, o Brasil pode ganhar mais velocidade no ataque, além de ocupar mais áreas do campo, já que a jogadora do Barcelona flutua entre as pontas e o meio e tem boa visão de jogo para encontrar companheiras em boa condição. Foi o que fez ao cruzar para Ary fechar a goleada em 4 a 0.

Na coletiva após a partida, Pia falou sobre a disputa qualificada pelas vagas na equipe titular, indicando possíveis mudanças para o próximo confronto.

— Acho que há detalhes que são decisivos em relação a escolher uma jogadora ou outra. Temos um time muito competitivo e elas são excelentes e se saíram muito bem. A Bia Zaneratto, a forma como ela joga e faz gols, e a Geyse quando entrou e fez o passe para gol. Precisamos de todas essas qualidades e por isso falamos tanto de trabalhar juntas. Não são ações individuais, é uma equipe inteira.

Marta e Gabi Nunes aparecem como boas opções para sair do banco, bem como Duda Sampaio, que estreou bem ao ocupar a vaga deixada por Luana e deu novo ânimo para o setor ofensivo. Andressa Alves, que ficou no banco nas oitavas contra a França em 2019, é outra alternativa que se apresenta com experiência e não deixa se afetar pelo nervosismo.

Foi dela o gol de empate na Finalíssima, diante dos olhares de 83 mil torcedores no estádio de Wembley lotado.

O Brasil volta para Brisbane na madrugada desta terça-feira (de Brasília), e terá dois dias de treinos no CT Moreton Bay, onde é realizada toda a preparação da primeira fase. Haverá ainda um treino no gramado do estádio Perry Park, antes do duelo decisivo contra a França, no sábado às 7h, no Brisbane Stadium

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