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Suzano conquista certificações sustentáveis inéditas para linhas de lignina e celulose

Marcas Ecolig e Biofiber foram aprovadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; segundo diretor, aprovações favorecem expansão para mercados com padrões mais altos de sustentabilidade

Os dois bioprodutos, produzidos no Brasil a partir de eucalipto cultivado de forma responsável, têm múltiplas aplicações (Divulgação/Divulgação)
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 15h46.

Última atualização em 27 de dezembro de 2024 às 10h29.

A Suzano, produtora global de celulose e papel, conquistou certificações internacionais inéditas para dois de seus bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto: alignina kraft da marca Ecolig e a celulose microfibrilada, da Biofiber.

Os produtos foram certificados pelo Programa BioPreferred doDepartamento de Agricultura dos Estados Unidos(USDA), que atesta matérias-primas de base biológica e visa reduzir o uso de derivados do petróleo.

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Miguel Sieh, diretor de Novos Negócios da Suzano, contou em primeira mão para a EXAME que as certificações colaboram para aumentar acompetitividadeda empresa frente a outros mercados estratégicos, como Europa e América do Norte. "Isso permitirá que a Suzano seja parceira de segmentos nos quais tais reconhecimentos sejam um diferencial. Na prática, essas certificações abrem portas para novos países e parcerias estratégicas, principalmente emregiões que priorizam soluções sustentáveis", disse.

Crescimento internacional

Segundo o executivo, a companhia vê como próximo passo a expansão da sua presença global a partir da consolidação em setores como cosméticos, embalagens e indústria química. "Vamos ainda reforçar ocompromisso com a economia circular e a bioeconomiafocada na redução dos impactos ambientais", conta.

Os dois bioprodutos, produzidos no Brasil a partir deeucaliptocultivado de forma responsável, têm múltiplas aplicações. A lignina atua como alternativa sustentável a aditivos químicos e antioxidantes de origem fóssil, enquanto a celulose microfibrilada funciona como agente de reforço, retenção e supressão, além de criar barreiras à gordura e oxigênio.

As certificações fortalecem a estratégia ESG da companhia, segundo o diretor. Um dos objetivos da área de Novos Negócios da Suzano é contribuir para o desenvolvimento de soluções alternativas a produtos baseados em petróleo, com a promoção da circularidade e a diminuição do impacto ambiental.

"As certificações contribuem com esse propósito, pois validam nosso compromisso com práticas responsáveis e com a entrega de soluções ambientalmente mais favoráveis", explica Sieh.

A Biofiber também recebeu recentemente a aprovação do padrão COSMOS/ECOCERT, que certifica o uso em cosméticos sustentáveis. O produto já havia sido aprovado pela metodologia OECD 301B, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Já a Ecolig possui certificação da TUV Áustria por sua composição compostável.

Conquistas em 2024

Segundo o diretor, as certificações são mais um marco de 2024, ano em que a companhia celebrou seu centenário, deu início às operações na nova fábrica de Ribas do Rio Pardo (MS) e adquiriu participação da companhia austríaca Lenzing, líder em fibras têxteis à base de madeira. Outros feitos ainda incluem a compra de ativos nos Estados Unidos para atuar no mercado de papel-cartão para embalagens de alimentos.

Por meio da Suzano Ventures, área de corporate venture capital da Suzano, a empresa aportou em startups globais de desenvolvimento de biomateriais e soluções baseadas na natureza. Uma delas é a Bioform Technologies, companhia canadense que desenvolve hidrogel a partir da madeira.

Para 2025, a inovação e a sustentabilidade seguem no propósito da companhia, de acordo com Sieh. "A Suzano seguirá atuando conforme o propósito de 'renovar a vida a partir da árvore', praticando a inovabilidade (inovação a serviço da sustentabilidade) em busca da expansão dos nossos negócios, criando valor para nossos clientes e fortalecendo parcerias estratégicas", afirma.

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