ESG

Private equity pode gerar onda de demissões de mulheres e minorias

Pesquisa mostra que empresas correm o risco de enfrentar uma onda de pedidos de demissão pós-pandemia de mulheres e minorias étnicas

Private equity: empresas podem encarar onda de demissões de grupos minorizados e mulheres (Luis Alvarez/Getty Images)

Private equity: empresas podem encarar onda de demissões de grupos minorizados e mulheres (Luis Alvarez/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 8 de julho de 2021 às 09h00.

As empresas de private equity correm o risco de enfrentar uma onda de pedidos de demissão pós-pandemia de mulheres e minorias étnicas.

Um quarto de todas as mulheres do setor e um terço dos profissionais negros, asiáticos e de minorias étnicas entrevistados pela Investec Plc disseram que queriam deixar seus empregos nos próximos 12 meses.

Embora haja a expectativa de que os pedidos de demissão em muitos setores aumentem após a pandemia, o descontentamento entre grupos demográficos específicos será um golpe para o private equity, que já é um dos setores financeiros mais dominado por homens e ainda tem um longo caminho a percorrer para atrair uma força de trabalho mais diversificada.

A Investec entrevistou 219 profissionais de private equity entre abril e junho. Cerca de 40% dos entrevistados residiam no Reino Unido, 31% na América do Norte, 18% na Europa continental e 11% em outros lugares.

“A Covid deu tempo às pessoas para refletir sobre a situação de suas vidas”, disse Helen Lucas, co-chefe da equipe de originação, crescimento e finanças alavancadas da Investec no Reino Unido, que ajudou a conduzir a pesquisa. Por outro lado, apenas 13% dos brancos e 16% dos homens entrevistados disseram que gostariam de deixar seu empregador atual.

As preocupações com a disparidade salarial podem ser um fator que influencia na tomada de decisão. Mais de dois terços das mulheres entrevistadas disseram acreditar que receberiam mais por seu trabalho se fossem homens, contra 56% na pesquisa do ano passado. Pouco mais de um terço dos profissionais de minorias étnicas pesquisados disseram que achavam que ganhariam mais se fossem brancos.

“Ter transparência em torno das disparidades salariais de gênero ainda é uma maneira importante de ajudar a enfrentar esse desafio, mas a verdadeira mudança virá com a construção de uma liderança mais diversificada no setor de private equity”, disse Lucas.

O mundo mudou e as empresas precisam se adaptar. Saiba mais, assinando a EXAME.

Acompanhe tudo sobre:DiversidadePrivate equity

Mais de ESG

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio