ESG

Itaú irá destinar R$ 400 bilhões em crédito sustentável até 2025

Banco irá oferecer crédito para seis setores de impacto positivo, além do financiamento para compra de carros elétricos e híbridos e painéis solares

Agência do Itaú: banco quer reforçar nova estratégia diante da transformação digital e do aumento da concorrência | Foto: Getty Images (./Getty Images)

Agência do Itaú: banco quer reforçar nova estratégia diante da transformação digital e do aumento da concorrência | Foto: Getty Images (./Getty Images)

O Itaú anunciou hoje, 16, que irá destinar 400 bilhões de reais, até 2025, para o desenvolvimento econômico sustentável. O subsídio vai se dar por meio do apoio a iniciativas de negócio que promovam uma economia sustentável e cada vez mais verde e inclusiva. A decisão vem meses após o Bradesco anunciar um compromisso parecido, com a destinação de 250 bilhões para crédito sustentável e que era, até então, o maior compromisso bancário ESG já feito no país.

Em comunicado divulgado à imprensa, o banco diz que esse montante inclui três grandes frentes de atuação: concessão de crédito em setores de impacto positivo na sociedade, estruturação de operações ESG com clientes - como ESG bonds, ESG loans e debêntures verdes - e produtos ESG para o varejo, como financiamento de carros elétricos e híbridos, painéis solares e microcrédito.

Para definir os critérios para os créditos sustentáveis, o banco considerou os conceitos de taxonomia em discussão pela União Europeia, pela Climate Bonds Initiative (CBI) e pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de levar em conta as taxonomias definidas recentemente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). As entidades avaliam, entre outras coisas, a governança de projetos, que vão desde a transição para uma economia de baixo carbono até o bem-estar da sociedade e o apoio de determinados setores às políticas públicas, econômicas, comerciais e governamentais.

Na conta dos 400 bilhões de reais, entra o apoio a seis setores de impacto positivo, por meio de financiamentos e emissões de green bonds. São eles:

  • Energia renovável, como solar, eólica e pequenas hidroelétricas
  • Serviços de energia que reduzam custo
  • Saúde e educação, como hospitais e laboratórios que promovem melhoria na qualidade de vida e instituições de ensino que visam a qualificação e empregabilidade;
  • Obras de infraestrutura, como transporte ferroviário, saneamento e resíduos sólidos;
  • Papel e celulose, desde que de maneira responsável;
  • Agronegócio, por meio das empresas de açúcar e etanol, e cooperativas que apoiam o pequeno produtor e produtores rurais.

De acordo com o Itaú, a grande grande novidade do compromisso está justamente no uso dos green bonds ou sustainability linked bonds, insrumentos financeiros cada vez mais populares entre as grandes empresas. No início deste ano, o banco emitiu 500 milhões de dólares em títulos sustentáveis com o foco em projetos ambientais e sociais. Duas outras grandes captações no meio corporativo são as feitas pelas gigantes de papel e celulose Suzano e Klabin.

O banco BTG Pactual e BV também já fizeram emissões similares, e o Bradesco, no fim do ano passado, levantou 1 bilhão de reais em uma letra financeira verde, com prazo de 30 meses.

“A jornada ESG não é novidade para o Itaú Unibanco, mas entendemos que é preciso avançar nessa agenda. Esse é um movimento que está integrado ao nosso negócio, tanto na forma como o banco opera internamente quanto no incentivo e apoio que damos aos nossos clientes, pessoas físicas e jurídicas, no processo de transição para uma economia mais sustentável”, afirmou, em nota, Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.

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