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O papel do ensino privado na educação pública, segundo a Cogna

A empresa acredita em um modelo híbrido: público e privado, presencial e online

Juliano Griebeler, diretor de sustentabilidade da Cogna: “Por conta das deficiências do ensino básico, o salto de conhecimento que nosso aluno dá é muito maior” (Cogna/Divulgação)
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Rodrigo Caetano

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 15h40.

Última atualização em 16 de agosto de 2021 às 16h47.

Todos os anos, mais de 6 milhões de alunos são formados em faculdades privadas. Nove em cada 10 fazem parte das classes C, D e E. O número representa 75% dos universitários do país. Para a Cogna , maior grupo privado de educação brasileiro, os números indicam a necessidade de integração entre os dois tipos de ensino superior.

“São modelos complementares”, afirma Juliano Griebeler, diretor de sustentabilidade da companhia. “O público está mais voltado a pesquisas, enquanto o privado foca na qualificação profissional”. O contrassenso está no fato de o ensino superior particular receber, em sua maioria, alunos de escolas públicas, enquanto as universidades públicas ficam com os melhores alunos das escolas particulares e públicas.

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Essa dinâmica faz com que as faculdades particulares tenham de compensar o déficit educacional. Segundo Griebeler, o coeficiente educacional no ensino superior privado é superior ao do público. “Por conta das deficiências do ensino básico, o salto de conhecimento que nosso aluno dá é muito maior”, diz Griebeler. O mesmo salto se vê nos salários, que chega a aumentar em seis vezes quando o aluno se forma. “A melhor maneira para tornar o país mais justo e melhorar a qualidade de vida é através da educação.”

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Ensino à distância cresce e se consolida na pandemia

O ensino à distância, conhecido no setor pela sigla EAD, é uma maneira de democratizar o acesso à educação. Essa modalidade, segundo o executivo, se consolidou na pandemia. “Evoluímos 10 anos”, afirma. “A maioria dos nossos alunos trabalha de dia e estuda a noite. É puxado. O EAD melhora a vida dele.”

As aulas online, no entanto, não devem representar 100% da carga horária. Griebeler enxerga um modelo híbrido pela frente, em que parte das atividades é realizada no campus, e parte em casa. Nesse sentido, a Kroton, uma das marcas da Cogna, fechou uma parceria com a operadora de telefonia TIM. O objetivo da parceria será criar uma plataforma de EAD que funcione em celulares.

O novo negócio será materializado por meio da startup Ampli, fundada pela Kroton em 2019 e que vai oferecer mais de 400 cursos livres e mais de 250 cursos de graduação e pós-graduação, em modalidade de ensino 100% digital.

Na largada, o público potencial é a base de 50 milhões de usuários da TIM Brasil em mais de 4.200 cidades do país. A edtech já nasce como líder no segmento voltado ao ensino pelo celular, considerando os mais de 15.000 alunos já matriculados na Ampli, segundo comunicado.

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