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Do Super Bowl aos planos da Raízen: transição energética se destaca no ESG

Vieses de gênero em imagens e aliança entre os presidentes das COPs também foram temas abordados está semana na agenda de sustentabilidade, sociedade e governança

Arena Sphere, onde ocorreu o Super Bowl 2024 (Patrick T. Fallon/AFP via Getty Images)
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 08h09.

A transição energética tem dominado as pautas de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) nesta semana. Exemplo disto é a preocupação do grandioso Super Bowl em divulgar o abastecimento do evento com energia 100% renovável pela primeira vez. O foco no tema também mexe com a Agência Internacional de Energia, que começaa discutir a adesão da Índia como membro pleno.

Já no Brasil, a Raízen detalha plano de diversificação dos negócios ao ter como meta a conquista de 10% do mercado livre de energia em 6 anos. Veja essas e outras notícias que foram destaque na EXAME ESG neste semana.

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Além do combustível: Raízen quer fatia de 10% do mercado livre com solar e geração distribuída

A Raízen, que tem na produção de açúcar e etanol e na distribuição de combustíveis seus principais negócios, almeja conquistar 10% do mercado livre de energia em 6 anos, e, para isso, busca conquistar um quarto do segmento de geração distribuída, composto por fontes geradas localmente em menor escala, como a energia solar. Até o momento, a Power conta com 100 parques solares em operação, própria ou por terceiros. A estratégia é seguir pelo caminho fotovoltaico. “A eólica não faz sentido na geração distribuída”, disse Frederico Saliba, CEO da Raízen Power, em entrevista exclusiva à EXAME.

Agência Internacional de Energia analisa adesão da Índia

Os ministros dos países membros da Agência Internacional de Energia ( AIE ) concordaram em começar a discutir a adesão da Índia como membro pleno. A aproximação do país indiano com a agência começou em 2017, mas, para a organização, o papel da Índia será “cada vez mais importante para abordar questões energéticas e climáticas”. A decisão foi anunciada em comunicado após reuniões ministeriais da AIE.

Como um projeto no deserto de Nevada iluminou o Super Bowl

O Super Bowl é marcado por números superlativos, como audiências elevadas e altos desembolsos dos anunciantes. A decisão da 58ª edição do campeonato da NFL realizada no último domingo, 11, foi a mais assistida da história.

A edição de 2024, no entanto, foi marcada também pela pauta verde. Pela primeira vez, uma final do Super Bowl foi 100% abastecida por energia renovável — graças ao acordo do Allegiant Stadium, sede do Las Vegas Raiders, que sediou a decisão do Super Bowl LVIII, e a NV Energy, dona dafazenda solar.

Como o Google usará satélites e inteligência artificial para rastrear vazamentos de metano

A empresa de softwares e tecnologia Google anunciou que fornecerá a estrutura de computação e inteligência artificial (IA) para processar dados de emissões de metano com o satélite MethaneSAT. O aparelho será levado ao espaço a bordo de um foguete operado pela companhia do empresário Elon Musk, a SpaceX.

“Anunciamos uma parceria com o Environmental Defense Fund (EDF) que combina a nossa ciência e tecnologia para reduzir as emissões de metano. Esta é uma das ações mais poderosas e de curto prazo que podemos tomar para reduzir o aquecimento global”, afirma Yael Maguire, vice-presidente e gerente geral, desenvolvedor geográfico e de sustentabilidade do Google.

Brasil, Azerbaijão e Emirados anunciam aliança de presidências da COP

Os Emirados Árabes Unidos, enquanto presidentes da última COP28, e os seus sucessores, Azerbaijão e Brasil, anunciaram o início de uma aliança sem precedentes para "melhorar a cooperação e a continuidade" das negociações da cúpula climática da ONU.

Os 198 países signatários do acordo final da COP28, assinado em dezembro em Dubai, instaram as três presidências a trabalharem em conjunto em um "roteiro" para conter o aquecimento global a 1,5ºC em comparação com a era pré-industrial, a meta mais ambiciosa definida pelo Acordo de Paris de 2015.

Vieses de gênero são amplificados em imagens online, diz estudo

As imagens utilizadas na internet têm amplificado os vieses de gênero em profissões, é o que aponta um estudo da revistaNature. De acordo com a publicação, os vieses, frequentes em textos, são ainda mais fortes quando em imagens. Exemplo disto é quando profissões como dentista, modelo e nutricionista são fortemente representadas por mulheres.

Os textos do Google Notícias exibem, de modo geral, um viés relativamente fraco em relação à representação masculina, enquanto isto é quatro vezes mais forte no Google Imagens. De acordo com o Google News, 56% das categorias são masculinas, enquanto 62% são masculinas no Google Images.

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