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Helder Barbalho, governador do Pará, na COP28 (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 3 de dezembro de 2023 às 11h41.
Última atualização em 4 de dezembro de 2023 às 10h53.
De Dubai*
Helder Barbalho, governador do Pará, tem tido uma agenda intensa na COP28 para promover a imagem de uma Amazônia sem desmatamento até 2030, e de um estado que se prepara para sediar a COP30, em 2025. Na tarde deste domingo, 30, foi a vez do governador, junto ao Banco Internamericano de Desenvolvimento (BID), o Descarboniza Pará, um projeto para a transição progressiva do estado do Pará para emissões líquidas zero de gases de efeito estufa (GEE) até 2050, por meio da implementação de políticas econômicas, ambientais, sociais e climáticas, beneficiando toda a população do estado.
"A imagem do Brasil mudou desde a primeira COP que foi, a de 2019 em Madrid", dizia Barbalho para Ilan Goldfajn, presidente do BID, minutos antes da assinatura em uma sala da área B5 da COP28. "Ali o Brasil estava em um momento tímido. Agora, estamos com protagonismo para o país e para o Pará".
O projeto, apresentado após a assinatura em um painel no pavilhão do BID, prevê a preservação de 10 milhões de hectares de floresta até 2050 e redução das emissões líquidas de CO2 em seis bilhões de toneladas. A aplicação do IEEM, uma ferramenta desenvolvida pelo BID para medir o impacto econômico e ambiental das políticas públicas, calculará a redução das áreas com desmatamento e a economia nas emissões de carbono.
O BID e o estado do Pará têm trabalhado juntos desde 2017 em áreas como reforma fiscal, bioeconomia, soluções baseadas na natureza e agricultura sustentável.
“O BID está comprometido com os esforços de descarbonização e aguarda com expectativa a COP30, sediada no Brasil. A descarbonização é um processo que requer intervenção em várias áreas para ser implementado, depende de muita coordenação. Aplaudimos o estado do Pará por enfrentar este desafio de forma multissetorial. Estamos prontos para apoiar continuamente o estado, uma área importante da região amazônica, e seu caminho para emissões líquidas zero", disse Goldfajn.