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Caixa promete zerar emissão de gás efeito estufa até 2026

O plano é reduzir 40% das emissões em dois anos, o que implica neutralizar 66,5 mil toneladas de CO2 emitidos com o plantio de 5 milhões de árvores

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de novembro de 2021 às 13h43.

Última atualização em 3 de novembro de 2021 às 13h43.

Se autointitulando "banco do meio ambiente", a Caixa assume o compromisso de zerar a emissão de carbono até 2026, por meio de seu programa Caixa Florestas. O plano é reduzir 40% das emissões em dois anos, o que implica neutralizar 66,5 mil toneladas de CO2 emitidos com o plantio de 5 milhões de árvores, e alcançar os 100% ampliando o plantio de árvores para 10 milhões e neutralizando 133 mil toneladas de CO2 emitidos.

O Caixa Florestas foi criado em maio deste ano e entre os compromissos assumidos pelo programa está o plantio de 10 milhões de árvores nos próximos cinco anos e a destinação de R$ 150 milhões do lucro, por ano, para projetos socioambientais. De acordo com a proposta, a intenção é ainda recuperar florestas, nascentes e unidades de conservação em todos os biomas, totalizando 3,5 milhões de hectares.

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Segundo a Caixa, estão contratados R$ 23 milhões em financiamentos para plantio de 1,1 milhão de arvores e recuperação de 2.160 nascentes, beneficiando 963 mil agricultores. Outros R$ 31,2 milhões de projetos estão em estudo. No total, diz a Caixa, são R$ 54,18 milhões de financiamentos do programa Caixa Floresta para o plantio de 3,18 milhões de árvores em cinco anos e a recuperação de 2.203 nascentes.

Entre os projetos para os quais a Caixa já foi contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional estão o Projeto Nascentes Vivas, em Minas Gerais, envolvendo um financiamento de R$ 10,26 milhões, para plantio de 450 mil árvores e recuperação de 1,5 mil nascentes, beneficiando 741 mil famílias. Em Tocantins, a Caixa foi contratada para o financiamento de R$ 6,97 milhões para o plantio de 102 mil árvores e recuperação de 640 nascentes. Em Goiás, o Projeto Águas Cerratenses prevê financiamento de R$ 10,2 milhões para plantio de 880 mil árvores e recuperação de 40 nascentes.

Outra iniciativa listada pela Caixa é o Selo Casa Azul + CAIXA, lançado em 2019 visando estimular empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações por meio de eficiência energética, produção sustentável, gestão eficiente da água, desenvolvimento social e inovação.

Nos financiamentos ao agronegócio, a Caixa cita o destino de R$ 11,4 bilhões em investimentos até 2022, envolvendo linhas como o Inovagro, que busca fomentar o uso de energia renovável, especialmente a fotovoltaica; ABC e Pronamp também envolvendo redução do efeito estufa.

Ainda, o banco engloba nas diretrizes ESG os financiamentos prestados à infraestrutura, com foco no saneamento, citando o destino de R$ 52 bilhões para o segmento. Em infraestrutura como um todo, são R$ 204 bilhões em financiamentos, de acordo com o banco, sendo R$ 74,81 bilhões para infraestrutura urbana.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o banco já deu início ao plantio das 10 milhões de árvores que fazem parte da meta do banco de zerar a emissão de gás efeito estufa em cinco anos. "Começamos ontem o plantio de 10 milhões de árvores e os plantios se concentram próximo as nascentes", afirmou Guimarães nesta quarta-feira, 3, em evento virtual realizado pela plataforma do Ministério do Meio Ambiente.

Guimarães frisou os financiamentos da Caixa para os menos favorecidos, lembrando ser essa uma vertente importante para preservação ambiental. "Quando falamos em preservação da natureza, não adianta somente financiar o plantio de árvores como fazemos, mas por meio do microcrédito estamos evitando a degradação do meio ambiente pelas pessoas em situação de necessidade", disse.

"Há uma transformação nesse governo, cuidamos do meio ambiente e da população", acrescentou. Guimarães lembrou que a Caixa é o maior banco de habitação do Brasil e que 90% das seis milhões de casas financiadas são populares. "São 4 milhões de casas populares que vieram a substituir, muitas delas, casas em encostas que estavam em áreas desmatadas", observou.

Segundo ele, a Caixa tem mais de R$ 150 bilhões direcionados para a preservação e é o único banco estatal que está buscando o reflorestamento de 3 milhões de hectares, além de microcrédito para brasileiros nos 26 Estados e no Distrito Federal.

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