ESG

Brasil discute com países lusófonos a preservação dos oceanos

Na Conferência dos Oceanos 2022, Brasil e outros países de Língua Portuguesa se reuniram para discutir os desafios de necessidades para a ampliação da preservação dos Oceanos ainda nesta década

Representantes de países de língua portuguesa debatem como avançar na presenvação dos Oceanos (Leandro Fonseca/Exame)

Representantes de países de língua portuguesa debatem como avançar na presenvação dos Oceanos (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 27 de junho de 2022 às 11h38.

Última atualização em 27 de junho de 2022 às 13h45.

*De Lisboa, Portugal.

Na Conferência dos Oceanos 2022, promovida pelas Nações Unidas, com o apoio dos Governos de Portugal e do Quénia, representantes do Brasil e outros países de Língua Portuguesa se reuniram para discutir os desafios de necessidades para a ampliação da preservação dos Oceanos de modo a impactar positivamente o clima e a natureza ainda nesta década.

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Na conversa mediada por secretário Marcelo Morales, Secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI Brasil na manhã desta segunda-feira, 27, foi reforçado o papel da ciência junto às pesquisas academias para um conhecimento mais profundo sobre os Oceanos.

“É preciso o fortalecimento da pesquisa transdisciplinar no Brasil, e os movimentos de cultura oceânica com ferramental crítico”, diz Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.

Além disso, para os painelistas, o envolvimento do setor privado é a chave para o avanço. “É um setor que tem poder de rapidamente implementar aquilo que tem benefício. As empresas são essenciais para, com dados, contribuir com as práticas ESG e auxiliar a sociedade como um todo”, diz Leila Neves, representante de Cabo Verde.

Um exemplo de empresa que está atenta ao tema é o Grupo Boticário, por meio de sua Fundação. Segundo Janaína Bumbeer, pesquisadora e especialista em biodiversidade, o Grupo tem trabalhado para o engajamento social e implementação de políticas públicas que desenvolvam soluções para os oceanos. “O brasileiro tem muita conexão com as marcas que consome, é papel das mesmas mostra a relação dos oceanos com o dia a dia deles”.

Neste contexto, Camila Valverde, diretora de impacto do Pacto Global da Onu Brasil, lembra que a organização trabalha justamente para auxiliar empresas no cumprimento de metas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). “No caso dos oceanos o Pacto trabalha com a reeducação e combate ao lixo do mar a partir do consumo consciente, o descarte correto e a característica dos produtos, da embalagem ao conteúdo, porque não basta retirar o item do mar, é preciso mudar o impacto”, afirma.

Ainda no painel Morales aproveitou para contar as iniciativas do governo brasileiro. “Estamos estruturando o Instituto Nacional do Mar que pode subsidiar o Estado com informações cientificas que proponham soluções importantes para o planeta. Isto considerando também outros países que participam da importante discussão”.

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