Amazônia Legal bateu recorde de incêndios em 17 anos
Levantamento do Inpe mostra o bioma sofreu com 140.328 incêndios em 2024, 42% a mais do que os 98.634 registrados em 2023
Agência de notícias
Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 09h58.
A Amazônia Legal sofreu, em 2024, o maior número de incêndios em 17 anos, segundo dados do governo divulgados nesta quarta-feira (1º), após este bioma sofrer de uma prolongada seca que durou vários meses.
No entanto, há indícios de que a área total que sofreu desmatamento possa ter sido a mais baixa em anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito da preservação da Amazônia uma prioridade para o Brasil, que em novembro receberá a Conferência Climática COP30 da ONU em Belém.
O Serviço de Monitoramento Atmosférico da União Europeia, Copernicus, lembrou que uma severa seca intensificou os incêndios florestais na América do Sul em 2024.
Espessas colunas de fumaça cobriram as principais cidades brasileiras, incluindo Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com uma poluição asfixiante que persistiu por várias semanas.
A seca tem afetado a região amazônica desde meados de 2023, impulsionada pelas mudanças climáticas causadas pelo homem e pelo fenômeno de aquecimento de El Niño.
Esta soma de fatores ajudou a criar condições para a onda de incêndios, mas os especialistas afirmam que a maioria dos focos foi deliberadamente provocada para limpar a terra, de modo a utilizá-la agricultura.
Os cientistas alertam que o desmatamento contínuo colocará a Amazônia em uma trajetória em que ela emitirá mais carbono do que absorve, acelerando ainda mais as mudanças climáticas.