ESG

Alicerce Educação quer engajar empresas e lançar 1.000 polos educacionais

Os polos devem oferecer reforços na educação básica além de fomentar a formação de lideranças comunitárias por meio de aulas sobre sustentabilidade, movimentação na economia local e promoção de um lugar seguro

Polo de educação em Paraisópolis (Alicerce Educação/Divulgação)

Polo de educação em Paraisópolis (Alicerce Educação/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 27 de agosto de 2022 às 09h00.

De acordo com diagnóstico realizado pelo programa Alicerce Educação em setembro de 2021, com uma base de 10.000 alunos, após o início da pandemia da covid-19, os brasileiros apresentaram, em média, de dois a quatro anos de defasagem escolar em leitura, escrita e matemática.

Na perspectiva de solucionar parte da crise na educação, o Alicerce lança o movimento Base que Transforma. A iniciativa prevê a implementação de 1.000 polos educacionais, cada qual com capacidade para atender 40 alunos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Brasília. Assim, o projeto visa atender o total de 40 mil alunos em todo o país.

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A novidade oferece reforço do ensino básico por meio de aulas de leitura, escrita, matemática, habilidades socioemocionais e aulas de expansão do repertório cultural. Além disso, o intuito também é fomentar a formação de lideranças comunitárias por meio de aulas sobre sustentabilidade, movimentação na economia local e promoção de um lugar seguro e educativo para que as crianças estejam em contraturno escolar, enquanto os pais trabalham. Os líderes educadores em sala são jovens locais, que por meio do projeto também passam a gerar renda para suas famílias.

“Nasci e fui criado na favela. Entendo que às vezes tudo o que essas crianças e jovens  precisam é de uma oportunidade. O problema é que a oportunidade não chega nesses lugares. Após a pandemia, a questão das defasagens escolares, que já era grave, se tornou ainda pior. Por isso, acredito que a melhor resposta para reverter esse cenário é justamente investir na educação, que é a principal ferramenta de transformação social capaz de reduzir as desigualdades sociais no país e a falta de equidade de oportunidades nas periferias” afirma Reginaldo Lima, diretor de articulação comunitária nacional no Alicerce Educação e Co-fundador do G10 Favelas.

Ainda de acordo com o executivo, o Alicerce tem metodologia de recuperação de defasagens escolares de crianças e jovens. Exemplo disto são os projetos realizados em Paraisópolis e em Jacarézinho, os primeiros desta iniciativa que prevê checar a 1.000 polos. Além disso, empresas interessadas podem participar e apoiar a expansão.

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