3M irá eliminar químicos PFAS até 2025
A 3M irá encerrar a fabricação das substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil até o fim de 2025
AFP
Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 17h56.
Última atualização em 20 de dezembro de 2022 às 18h11.
O gigante industrial americano 3M anunciou, nesta terça-feira, 20, que irá eliminar gradualmente a produção dos chamados "químicos eternos" PFAS, usados em produtos do dia a dia, diante do endurecimento da regulamentação devido a seus efeitos nocivos à saúde.
A 3M irá encerrar a fabricação das substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil (PFAS, na sigla em inglês) até o fim de 2025 e interromper eu uso em todo o portfólio de produtos no mesmo período, informou a multinacional, que tem sede em St. Paul, Minnesota.
Conhecidos pelo longo tempo que levam para se decompor, e usados em embalagens de alimentos, utensílios de cozinha, revestimentos e aparelhos eletrônicos, os PFASs são fabricados desde a década de 1940. Estudos apontaram sua presença no solo e na água, assim como nos seres humanos, peixes e outros animais.
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Os pesquisadores destacam a ligação entre o acúmulo de PFAS no corpo humano e a diminuição da resposta à vacinação, casos de câncer, diabetes ou obesidade, ou até mesmo a uma alteração no funcionamento do fígado.
“Embora os PFAS possam ser fabricados e utilizados com segurança, estamos aproveitando a ocasião para tomar a iniciativa diante de um cenário econômico e regulatório que muda rapidamente”, disse o diretor-executivo da 3M, Mike Roman.
Nos últimos anos, a 3M chegou a vários acordos para resolver processos judiciais relacionados aos efeitos dos PFAS.
Em julho, na Bélgica, acordou com autoridades flamengas o pagamento de € 571 milhões por “medidas corretivas” para limpar o solo e controlar possíveis dispersões de PFAS no ar a partir de sua fábrica em Zwijndrecht, perto da Antuérpia. Em outubro de 2021, concordou em pagar US$ 99 milhões a comunidades próximas à sua fábrica em Decatur, Alabama.
As receitas anuais da 3M relacionadas aos PFAS chegam a US$ 1,3 bilhão. O grupo espera custos excepcionais de US$ 1,3 a US$ 2,3 bilhões para implementar as medidas anunciadas, o que reduzirá seus resultados na mesma proporção até o fim de 2025.
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Para este quarto trimestre, o grupo prevê custos entre US$ 700 milhões e US$ 1 bilhão devido, principalmente, à deterioração de certos ativos relacionados aos PFAS.
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