Croácia: a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que "é um dia de celebração" e "um ato de convicção" (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 12 de julho de 2022 às 11h11.
Última atualização em 12 de julho de 2022 às 11h15.
Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram de maneira definitiva nesta terça-feira (12) a adesão da Croácia à zona do euro a partir de janeiro de 2023.
"Gostaria de felicitar o meu colega, Zdravko Maric, e toda a Croácia por tornar-se o 20º país a aderir à zona do euro", afirmou em um comunicado Zbynek Stanjura, ministro das Finanças da República Tcheca, país que exerce a presidência semestral do Conselho Europeu.
A transição da Croácia de sua moeda tradicional, a kuna, para o euro ocorrerá no primeiro dia do próximo ano, menos de uma década após a adesão do país à União Europeia.
Durante a cerimônia de assinatura dos documentos, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que "é um dia de celebração" e "um ato de convicção".
"A Croácia decidiu e está convencida do valor de adotar o euro e ingressar na zona do euro", disse, referindo-se ao que se tornará a moeda comum de 20 dos 27 países da UE.
No entanto, a Croácia se une à zona do euro em um momento de extrema dificuldade para a moeda europeia, que alcançou paridade com o dólar americano nesta terça-feira, um símbolo das incertezas que cercam a economia do bloco.
Ao chegar à reunião desta terça em Bruxelas, o ministro Maric disse que "todos enfrentamos desafios muito fortes por esses dias, mas obviamente com políticas e medidas coordenadas, acredito que podemos enfrentá-los".
Para se unir ao euro, a Croácia superou com sucesso as condições rígidas, como manter a inflação no mesmo patamar que seus pares da UE e garantir o gasto público sob controle.
A Croácia expressou a vontade de adotar a moeda única ao aderir à UE em 2023. A adesão do país à zona do euro coincide com o 20º aniversário da moeda comum.
Em 1º de janeiro de 2002, doze países da UE deixaram para trás suas moedas tradicionais para adotar as notas e moedas do euro. Desde então, outros sete países se juntaram: a Eslovênia em 2007, Chipre e Malta em 2008, Eslováquia em 2009, Estônia em 2011, Letônia em 2014 e a Lituânia em 2015.
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