Economia

Indústria calçadista encerra abril com 288 mil empregos, 4,9% a menos do que abril de 2023

Presidente da Abicalçados está otimista e acredita que taxação de importados ajudará no comércio interno

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 10 de junho de 2024 às 12h40.

A indústria calçadista gerou 7,7 mil postos de trabalho nos primeiros quatro meses de 2024. No recorte de abril, foram criadas 1,13 mil vagas. Com o resultado, o setor encerrou o quadrimestre empregando, diretamente, 288,28 mil pessoas, 4,9% menos do que o registro de abril de 2023. Os dados são elaborados pela Associação Brasileira da Indústrias de Calçados (Abicalçados)

"Devemos encerrar o ano com crescimento entre 2,2% e 3,8% no consumo interno de calçados. Com isso, a atividade deve registrar incremento produtivo entre 0,9% e 2,2% em 2024. Tivemos bons resultados na feira BFShow (realizada pela entidade em São Paulo), no final de maio, e estamos otimistas para as vendas na segunda parte do ano", diz o presidente executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.

Segundo Ferreira, embora não tenha sido concretizada a alíquota esperada pelo setor, a retomada do imposto de importação para remessas de até US$ 50 do e-commerce internacional, em 20%, deve ajudar na produção nacional. "Também temos a manutenção da desoneração da folha de pagamentos para 2024, o que foi uma conquista importante", afirmou ainda.

No período analisado, o maior empregador do setor calçadista no Brasil seguiu sendo o Rio Grande do Sul, que absorve cerca de um terço da mão de obra da atividade no País. Nos primeiros quatro meses do ano, a indústria de calçados do Rio Grande do Sul gerou mais de 3 mil novos postos, encerrando o período com 87,3 mil empregos diretos na atividade, 3,5% menos do que no mesmo intervalo do ano passado.

Ferreira alertou, no entanto, que o mês de maio foi de "instabilidade" para a indústria gaúcha, que responde por 24% da produção nacional do setor. Durante todo o mês, o setor foi atingido pelas enchentes que impactaram o Estado. Segundo o dirigente, para mitigar o problema, a entidade está solicitando para que sejam liberados o quanto antes os créditos para as empresas atingidas.

O segundo estado que mais emprega no setor segue sendo o Ceará. Entre janeiro e abril, as fábricas cearenses de calçados perderam 434 postos e encerraram abril com 64,72 mil empregos diretos na atividade, 3,4% menos do que no mesmo período do ano passado.

O terceiro maior empregador da atividade no Brasil foi a Bahia, que nos primeiros quatro meses do ano perdeu 117 postos no setor. Com o resultado, as fábricas baianas encerraram abril com 39,62 mil empregos diretos, 9,1% menos do que no mesmo mês de 2023.

Por fim, com a criação de 2,82 mil empregos nos quatro primeiros meses do ano, São Paulo encerrou o período com 32,63 mil postos de trabalho na atividade, 5,2% menos do que no intervalo correspondente de 2023.

Acompanhe tudo sobre:CalçadosEconomiaImpostos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor