Economia

Secretário da Receita diz que governo vai avaliar imposto sobre transações

Para José Tostes Neto, antiga CPMF apresentou bons resultados de eficiência e arrecadação

Caixas eletrônicos: em 2019, o governo federal encontrou resistências em colocar imposto sobre transações em discussão (Gustavo Gomes/Getty Images)

Caixas eletrônicos: em 2019, o governo federal encontrou resistências em colocar imposto sobre transações em discussão (Gustavo Gomes/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2020 às 17h34.

Última atualização em 15 de maio de 2020 às 17h35.

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, afirmou nesta sexta-feira que o governo irá avaliar tudo na retomada pós-pandemia, incluindo estudos sobre imposto sobre transações financeiras se isso for considerado necessário.

Ao participar de live promovida pelo veículo de cobertura jurídica Jota, ele disse que estudos sobre um imposto nos moldes da antiga CPMF foram feitos no ano passado, mas a partir do momento em que houve decisão política de que isso não seria mais considerado, eles foram interrompidos.

Em 2019, o governo federal encontrou resistências em colocar imposto sobre transações em discussão.

"Na retomada nós vamos avaliar tudo, se for considerado necessário retomar estudos sobre isso, também", disse ele.

"O tributo quando vigorou (CPMF), no período até 2008, foi tributo que deu boa resposta em termos de arrecadação e eficiência. Estamos hoje, 12 anos depois, ainda com essa avaliação", respondeu ele, quando questionado sobre sua opinião a respeito.

Tostes Neto pontuou ainda que o governo irá retomar a reforma tributária e que, mesmo com os impactos da crise, a ideia continua sendo que, qualquer que seja a proposta considerada, o resultado final não pode implicar aumento de carga tributária.

"Se houver aumento de imposto, criação de outro, isso tem que ser reduzido em outro tributo para que resultado seja nulo", afirmou.

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