Economia

O quarteto econômico de Temer

Com o inevitável afastamento da presidente Dilma Rousseff, quatro nomes emergem como decisivos para as conduções econômicas do país. Henrique Meirelles (PSD) no Ministério da Fazenda, Romero Jucá (PMDB-RR) no Planejamento, José Serra (PSDB-SP) nas Relações Exteriores e Moreira Franco na nova secretaria de Coordenação de Infraestrutura são peças chaves para o desempenho do novo […]

ROMERO JUCÁ: ele foi o primeiro ministro a cair; nomes envolvidos em escândalos não faltam / Paulo Whitaker/Reuters

ROMERO JUCÁ: ele foi o primeiro ministro a cair; nomes envolvidos em escândalos não faltam / Paulo Whitaker/Reuters

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 00h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h04.

Com o inevitável afastamento da presidente Dilma Rousseff, quatro nomes emergem como decisivos para as conduções econômicas do país. Henrique Meirelles (PSD) no Ministério da Fazenda, Romero Jucá (PMDB-RR) no Planejamento, José Serra (PSDB-SP) nas Relações Exteriores e Moreira Franco na nova secretaria de Coordenação de Infraestrutura são peças chaves para o desempenho do novo governo.

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é o cabeça da turma. Temer não só deu carta branca para ele escolher sua equipe e definir nomes importantes no Banco Central, como também colocou debaixo da asa da Fazenda uma das reformas mais aguardadas, a da Previdência. Nesta quarta-feira, Meirelles sinalizou que a Previdência, um calcanhar de aquiles do governo, será o destaque de sua gestão.

Mas economistas alertam que é praticamente impossível uma medida de tamanha importância ser aprovada antes das eleições de outubro. No curto-prazo, Meirelles terá papel importante em temas como a desvinculação de receitas da união e também pode auxiliar a destravar as concessões, com regras mais flexíveis e favoráveis ao mercado. Mas o principal responsável por criar um ambiente mais amigável para empresários é Moreira Franco.

O senador Romero Jucá, que ocupará o Planejamento, deve ganhar o comando do BNDES, o banco de desenvolvimento do governo. A expectativa é que sua influência ajude a aprovar medidas de ajuste das contas públicas no Congresso. Temer tem até o fim do mês para passar no Congresso a alteração da meta fiscal de 2016. Jucá também sinalizou que pretende indicar o próximo presidente da mineradora Vale, o dificilmente seria bem recebido por investidores.

José Serra terá o Ministério de Relações Exteriores fortalecido. A expectativa é de que seu papel fundamental seja retomar parcerias comerciais que ficaram paralisadas nos governo do PT. “Um dos problemas do governo Dilma foi a irrelevância de alguns ministérios importantes, o comércio exterior é um exemplo” diz Márcio Holland, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo Dilma. As expectativas com a future equipe são grandes, os desafios, maiores ainda.

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