Presidente da Argentina, Mauricio Macri
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2017 às 06h03.
Última atualização em 30 de outubro de 2017 às 07h24.
O presidente argentino, Mauricio Macri, apresenta nesta segunda-feira um novo plano de reformas para o país, impulsionado pela contundente vitória nas eleições legislativas da semana passada. Numa reunião fechada para convidados, na hora do almoço, ele deve se direcionar a 150 pessoas, representantes de setores políticos, empresariais e sociais.
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O líder da bancada governista na Câmara dos Deputados, Mario Negri, afirma que o objetivo é definir um rumo para o país e os instrumentos necessários para trilhá-lo.
A reunião será, com uma boa dose de ironia, no Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires, e está deixando o empresariado com altas expectativas.
No domingo, a Câmara Argentina de Médias Empresas (Came) afirmou esperar uma reforma financeira que ofereça mais acesso a crédito, a condições mais vantajosas, além de uma reforma fiscal que mire os impostos sobre a renda. Segundo o presidente do grupo, Fabián Tarrío, medidas nessa linha trariam mais competitividade aos produtos argentinos.
Um reforma trabalhista também deve ser apresentada, e o ministro do Trabalho, Jorge Triaca, esteve negociando na semana passada com lideranças da Confederação Geral do Trabalho, um dos principais, e mais ruidosos, sindicatos do país.
Na última terça, Macri se reuniu com governadores e outros representantes da coligação Cambiemos, num almoço na Casa Rosada, para alinhar ideias sobre as reformas econômicas e institucionais.
A agenda de reformas será apresentada após o presidente conseguir reforçar a legitimidade de seu governo nas urnas, nas eleições legislativas de 22 de outubro. Seu partido conseguiu levar 107 cadeiras das 257 da Câmara dos Deputados — apesar de serem 21 a mais do que tinha antes, ainda ficou longe das 129 necessárias para ter maioria.
No Senado, a situação também é delicada, com o Cambiemos detendo apenas 33% das cadeiras. O governo está fortalecido, mas o caminho para aprovar as reformas ainda é longo.