Economia

Inflação segue muito alta e ficará acima da meta por período prolongado, diz BCE

As considerações foram divulgadas nesta quinta-feira, 24, na ata do encontro que ocorreu nos dias 26 e 27 de outubro

Na reunião, os participantes pontuaram que o aperto monetário poderá ser pausado caso haja uma recessão prolongada e profunda (Ralph Orlowski/Reuters)

Na reunião, os participantes pontuaram que o aperto monetário poderá ser pausado caso haja uma recessão prolongada e profunda (Ralph Orlowski/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2022 às 11h38.

O Banco Central Europeu (BCE) destacou que a inflação segue muito alta e que deverá permanecer acima da meta de 2% ao ano por um período prolongado. As considerações foram divulgadas nesta quinta-feira, 24, na ata do encontro que ocorreu nos dias 26 e 27 de outubro.

Na reunião, os participantes pontuaram que o aperto monetário poderá ser pausado caso haja uma recessão prolongada e profunda. Entretanto, no caso de uma recessão considerada superficial, o aperto deverá continuar, visto que o enfraquecimento da atividade não é suficiente para reduzir a inflação à meta.

Quer saber tudo sobre a política internacional? Assine a EXAME por menos de R$ 11/mês e fique por dentro.

Ainda segundo o documento, a economia indica risco crescente da inflação arraigada com uma possível espiral de salários. O documento também ressaltou que houve um crescimento salarial, mas que ainda foi moderado.

Alta de juros apoiada pela maioria

A ata mostrou que grande parte dos dirigentes do BCE apoiou uma alta de 75 pontos-base (pb) na taxa de juros, ao passo que uma minoria preferiu a alta de 50 pb.

Segundo o documento, a postura da política monetária foi considerada acomodatícia e argumentou-se que um aumento de 75 pb era um passo necessário rumo a um patamar mais neutro.

Entretanto, os dirigentes também avaliaram que indicar o tamanho das futuras altas como um "foward guidance" não é mais visto como necessário.

Na ata, os participantes destacaram que a trajetória futura dos juros deverá se basear na "evolução das perspectivas para a inflação e a economia".

As autoridades também consideraram que alimentar a incerteza quanto à forma como o Conselho do BCE reagiria às perspectivas de inflação poderia aumentar ainda mais a volatilidade das taxas de juro sem risco na conjuntura atual.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:BCEeconomia-internacionalEuropaInflação

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor