Economia

Inflação nos EUA sobe 0,5% em janeiro e acumulado fica em 6,4%

Principal índice inflacionário americano, o CPI subiu 0,5% em janeiro, após estabilidade nos meses anteriores

EUA: inflação americana em janeiro subiu 0,5% (Leandro Fonseca/Exame)

EUA: inflação americana em janeiro subiu 0,5% (Leandro Fonseca/Exame)

Carolina Riveira
Carolina Riveira

Repórter de Economia e Mundo

Publicado em 14 de fevereiro de 2023 às 10h46.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2023 às 13h13.

A inflação dos EUA subiu 0,5% em janeiro, segundo divulgado pelo governo americano nesta terça-feira, 14, na medição do Consumer Price Index (CPI), principal índice inflacionário do país. No mês anterior, a inflação mensal havia fechado em queda de 0,1%.

O acumulado em 12 meses ficou em 6,4%, em pequena queda em relação aos 6,5% no acumulado até dezembro. O número mensal de janeiro veio levemente acima das expectativas do mercado, que apostavam em acumulado caindo para 6,2%.

As variações de combustíveis e energia (como a alta mensal de 2,4% na gasolina e de 6,7% no gás encanado) estiveram entre os destaques que levaram à alta do mês, assim como habitação (alta de 0,7%).

O resultado indica que a inflação americana continuou sua trajetória de queda iniciada em junho do ano passado.

Ainda assim, janeiro mostra que há risco de a desaceleração ter se tornado mais moderada, fazendo com que o Fed, banco central americano, precise seguir subindo juros de forma mais agressiva e aumentando o risco de recessão. Nos EUA, os principais índices na bolsa oscilavam entre leve baixa e estabilidade após a divulgação dos resultados.

A desaceleração da inflação americana vista nos últimos meses foi impulsionada, entre outros fatores, pela alta dos juros e riscos de recessão, que fizeram baixar o preço do petróleo e de outras commodities no exterior e, consequentemente, os preços internos no país.

As medidas vieram depois de o CPI chegar à casa dos 9% no primeiro semestre de 2022, em cenário piorado pela guerra na Ucrânia. A inflação americana teve seu maior patamar em 40 anos e o pior nível desde o choque do petróleo no fim dos anos 1970.

Além dos choques externos, o mercado de trabalho americano vive cenário de "emprego pleno", com taxa de desemprego em 3,4%, ajudando a impulsionar as pressões inflacionárias pelo lado da demanda.

Até agora, com a desaceleração da inflação vista nos últimos meses, o Fed começou o ano reduzindo o ritmo de alta de juros. A instituição elevou em fevereiro a taxa de juros americana em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,5% e 4,75%. A alta foi menor do que nas reuniões anteriores. Os resultados da inflação e mercado de trabalho nos EUA continuarão sendo observados pelo Fed para decidir se o país seguirá com maior aperto monetário.

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