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Inadimplência no Bradesco sobe para 3,6% em setembro

Piora no indicador foi influenciada por um aumento dos calotes no segmento de micro, pequenas e médias empresas e nos grandes grupos

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	Bradesco: calotes das micro, pequenas e médias empresas subiram de 4,4% no segundo trimestre para 4,6% no terceiro
 (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Bradesco: calotes das micro, pequenas e médias empresas subiram de 4,4% no segundo trimestre para 4,6% no terceiro (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Aline Bronzati

Publicado em 30 de outubro de 2014 às, 07h16.

São Paulo - A inadimplência do Bradesco, considerando os atrasos acima de 90 dias, apresentou alta pelo segundo trimestre consecutivo, passando de 3,5% em junho para 3,6% em setembro. Em um ano, porém, os calotes ficaram estáveis.

"O leve acréscimo, em grande parte, ocorreu em função da desaceleração do crescimento do crédito, bem como de alguns casos pontuais, ocorridos em operações com clientes corporativos, não representando uma mudança de tendência do direcionamento do índice, fato que pode ser demonstrado pela inadimplência mais curta de 15 a 90 dias, que sinaliza uma estabilização neste nível", destaca o Bradesco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

A piora no indicador de inadimplência do Bradesco foi influenciada por um aumento dos calotes no segmento de micro, pequenas e médias empresas e nos grandes grupos. Na contramão, o índice de inadimplência para pessoa física permaneceu estável em 4,8% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre. Em um ano, porém, houve melhora de 0,4 ponto porcentual.

Os calotes das micro, pequenas e médias empresas subiram de 4,4% no segundo trimestre para 4,6% no terceiro. Em um ano, também foi visto aumento de 0,2 poto porcentual. Nas grandes empresas, o crescimento da inadimplência foi menor, de 0,1 ponto porcentual., passando de 0,7% em junho para 0,8% em setembro.

O indicador de 15 a 90 dias que, segundo o Bradesco, sinaliza estabilização dos calotes, recuou de 3,9% em junho para 3,7% em setembro. A queda, conforme o banco, foi influenciada pela pessoa física.

Provisões

As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Bradesco, totalizaram R$ 3,348 bilhões de julho a setembro, alta de 6,6% ante os três meses imediatamente anteriores, de R$ 3,141 bilhões. Na comparação com o mesmo intervalo de 2013, de R$ 2,881 bilhões, foi identificada expansão de 16,2%.

O Bradesco explica, em relatório, que a elevação no trimestre foi impactada, basicamente pelo aumento de 2,2% no volume das operações de crédito e pela continuidade do agravamento do nível de risco de casos pontuais, ocorridos em operações com clientes corporativos, que se iniciou no segundo trimestre de 2014.

O saldo de provisões para devedores duvidosos do Bradesco, considerando as provisões para garantias prestadas, foi a R$ 22,623 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 3,8% ante o segundo trimestre, de R$ 21,791 bilhões. Em um ano, o volume cresceu 5,3%. Sem considerar garantias prestadas, o saldo de PDDs ficou em R$ 22,255 bilhões no terceiro trimestre, alta de 3,7% ante o segundo. Em 12 meses, subiu 3,6%.

Índice de Basileia

O banco encerrou o mês de setembro com índice de Basileia de 16,3%, aumento de 0,5 ponto porcentual ante os três meses imediatamente anteriores, de 15,8%. Em um ano, porém, foi identificada leve retração de 0,1 ponto porcentual. O índice mínimo de capitalização exigido pelo Banco Central é de 11%. O Basileia mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital.

O aumento trimestral foi influenciado pelo crescimento do patrimônio líquido, devido ao avanço do resultado no trimestre e pela redução na ponderação de ativos de risco de crédito.

Do indicador consolidado total do Bradesco no terceiro trimestre deste ano, 12,6% são compostos pelo chamado capital nível 1 (ou "tier 1", que inclui os recursos de maior qualidade, como lucros retidos). O patrimônio de referência do banco totalizou R$ 95,825 bilhões, elevação de 1,8% ante junho, de R$ 94,090 bilhões. Os ativos ponderados pelo risco atingiram R$ 588,752 bilhões.

O Bradesco informa ainda que, devido ao fato de a implantação da nova estrutura de capital no Brasil ter iniciado em outubro último, as chamadas regras de Basileia III, implicar na introdução de novos ajustes, o banco adaptou a série histórica. Com isso, demonstrou em períodos, a transição de Basileia II para Basileia III.

Os recursos captados e administrados pelo Bradesco somaram R$ 1,385 trilhão no terceiro trimestre, expansão de 10,3% em 12 meses e de 6,2% na comparação com os três meses anteriores.

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