Economia

França garante liquidez a banco de crédito imobiliário CIF

O governo francês anunciou na noite de sábado que garantiria liquidez ao Credit Immobilier de France, que está à beira da falência

Moedas de euro (Philippe Huguen/AFP)

Moedas de euro (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2012 às 16h45.

São Paulo - O governo da França garantizará liquidez da ordem de € 4,7 bilhões ao banco de crédito imobiliário Credit Immobilier de France (CIF), à beira da falência, informaram este domingo à AFP fontes com acesso ao processo.

O governo francês anunciou na noite de sábado que garantiria liquidez ao CIF, afetado pela crise dos mercados financeiros e que busca obter financiamento de € 1,75 bilhão para pagar credores em outubro.

Fontes ligadas ao caso disseram que o banco, especializado em créditos imobiliários a famílias humildes, deixará de conceder empréstimos devido ao seu modelo financeiro, que não é mais viável.

Diferente dos bancos tradicionais, o CIF não é um banco de depósito e busca se financiar nos mercados.

O grupo, que financia operações imobiliárias de particulares, se viu forçado a pedir ajuda pública após a decisão da agência de classificação financeira Moody's de rebaixar sua nota. Isto restringiu seu acesso ao mercado financeiro, do qual depende quase que exclusivamente.

O CIF tem fundos próprios da ordem de € 2,4 bilhões e está exposto em € 33 bilhões.

Após o anúncio, o premier francês, Jean-Marc Ayrault, afirmou este domingo que o sistema financeiro francês é "globalmente" sólido, mas algumas instituições têm "problemas".

"É globalmente (sólido), mas há um certo número de bancos e estabelecimentos que traz problemas. Quando assumi o cargo, tivemos que enfrentar duas situações, (com) o CIF e o Dexia", afirmou Ayrault em entrevista.

O caso do CIF é "muito importante porque também se trata do financiamento das moradias", declarou, sem dar detalhes sobre quais estabelecimentos poderiam ser problemáticos.

Este é o segundo resgate público a um estabelecimento financeiro da França, após o Dexia.

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