Às vésperas da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, o governo chinês suspendeu a importação de soja de quatro fornecedores brasileiros. O motivo foi a contaminação das sementes por fungicida em parte dos carregamentos do produto. A missão brasileira, descrita por Lula como a "grande viagem do ano", será integrada por empresários e seis ministros, entre eles o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, que embarcam no dia 19 de maio.

As empresas responsáveis pela exportação são Cargill Agrícola, Irmãos Trevisan, Bianchini e Noble Grain. De acordo com o governo chinês, a mistura de grãos e sementes tratadas com produtos químicos viola o regulamento sobre a qualidade da soja importada. A China é o maior comprador mundial de soja.

O carregamento contaminado com agroquímicos saiu do porto de Rio Grande (RS) no dia 12 de março e chegou no porto de Xiamen, no sul da China, no dia 18 de abril. Segundo noticiou a Agência Brasil, o governo brasileiro foi notificado sobre a identificação das substâncias químicas no final do mês passado. Desde então, o Ministério da Agricultura intensificou a fiscalização e suspendeu a emissão do certificado fitossanitário para a exportação de cargas identificadas com a mistura de grãos e sementes. Segundo o ministério, a semente tratada com agroquímico é destinada exclusivamente para o plantio e imprópria para o consumo humano.